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Qualidade de Vida

Infecção urinária (mulheres e homens)

14 Mar 2018 - 03h08Por (*) Paulo Rogério Gianlorenço
Infecção urinária (mulheres e homens) - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Infecção do Trato Urinário (ITU), conhecida popularmente como infecção urinária, é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de infecção é mais comum na parte inferior do trato urinário, do qual fazem parte a bexiga e a uretra.

infecção urinária é uma das infecções bacterianas clínicas mais freqüentes em mulheres, representando quase 25% de todas as infecções. Mesmo assim é muito importante dar atenção a esse problema e tratá-lo.

Mais de 50% das mulheres desenvolvem sintomas de infecção urinária em suas vidas, e porque os antibióticos são o tratamento convencional o mais comum para os problemas, as bactérias podem ser tornar resistentes aos antibióticos e as infecções recorrentes são uma preocupação principal.

Por esta razão, é importante sempre procurar orientação médica e utilizar antibióticos apenas com prescrição. Tratamentos caseiros que diminuem os riscos de que você desenvolva infecções urinárias recorrentes também são boas opções.

Apesar de ser mais comum em mulheres, a infecção urinária também pode afetar os homens e causar alguns sintomas como a urgência para urinar e dor/ardência durante ou depois de fazer xixi.

infecção urinária masculina é mais comum naqueles que estão acima dos 50 anos de idade, especialmente nos que não foram circuncidados, ou em homens que têm algum bloqueio na saída da urina ou usam sondam para urinar.

A infecção urinária é causada por fungos, vírus e bactérias.  Apesar das muitas defesas naturais do corpo, certas bactérias têm a capacidade de se prender ao revestimento do trato urinário e habitam a uretra, a bexiga e os rins.

A maioria dos casos de ITU é causada pela bactéria E. coli que pode viver nas cavidades intestinal e vaginal, em torno da abertura uretral, e no trato urinário.

As infecções do trato urinário são extremamente comuns, especialmente em mulheres sexualmente ativas entre 18 e 24 anos. Embora uma ITU não seja tipicamente complicada ou cause risco de vida, ela causa dor e afeta negativamente a qualidade de vida da paciente.

Geralmente, os sintomas de uma ITU em adultos podem incluir:

  •         Dor ao urinar;
  •         Uma sensação de queimação na bexiga ou uretra ao urinar;
  •         Um desejo forte e freqüente de urinar, mas apenas em pequenas quantidades;
  •         Dores musculares;
  •         Dor abdominal;
  •         Cansaço
  •         Urina turva;
  •         Urina com sangue;
  •         Urina de cheiro forte;
  •         Dor pélvica em mulheres;
  •         Confusão ou delírio (em pacientes idosos).

O que fazer? Normalmente, uma infecção urinária é descomplicada e desaparece dentro de dois a três dias de tratamento.

Mas a infecção urinária pode ser grave em raras situações, casos mais graves às vezes são observadas em idosos, pessoas com sistemas imunitários reprimidos ou mulheres grávidas, e precisam de antibióticos para o tratamento.

Existem vários fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver infecções do trato urinário. Os principais incluem:

  •     Relação sexual sem preservativo; Uso de espermicida; Uso do cateter ou diafragma; Gravidez; Sistema imunológico reprimido; Diabetes.

As ITU recorrentes são causadas principalmente pela reinfecção pelo mesmo patógeno. Com cada ITU, o risco de uma mulher continuar tendo infecções recorrentes aumenta.

Pesquisas sugerem que, após uma infecção urinária inicial, uma em cada cinco mulheres desenvolverá outra ITU dentro de seis meses.

A infecção do trato urinário é causada por fungos, vírus e bactérias. Seus sintomas incluem dor e uma sensação de ardor ao urinar, dores musculares, urina turva e dor abdominal.

Hábitos de higiene como limparem-se corretamente depois de usar o banheiro, ou de manter relações sexuais, assim como vestir roupas soltas podem ajudar a evitar a infecção urinária.

Os tipos, causas e sintomas das infecções urinárias variam de acordo com o local onde há infecção. Existem quatro tipos de infecção urinária:

  •         Cistite (infecção na bexiga);
  •         Uretrite (infecção na uretra);
  •         Pielonefrite (infecção nos rins);
  •         Infecção nos ureteres.

As causas variam de acordo com o local onde há infecção. Os tipos mais comuns de infecção urinária são a cistite e a uretrite, que acometem a bexiga e a uretra, respectivamente.

Como tratar a infecção urinária? Veja abaixo alguns tratamentos naturais para o problema, que envolvem hábitos que você pode aderir em casa.

Beba muito líquido: Beber água ou até mesmo chás e sucos (sem adoçar) ao longo do dia ajuda a liberar bactérias de seu sistema.

Um estudo realizado em 2013 na Universidade do Texas Southwestern Medical Center em Dallas descobriu que a ingestão de líquidos pode ser um fator importante no tratamento de infecções do trato urinário – apenas uma das muitas razões para se manter hidratado. Beba pelo menos 2 litros de água por dia, a fim de liberar as bactérias que podem levar à infecção.

Não segure xixi: Urinar freqüentemente e quando o desejo surge garante que as bactérias não estão crescendo na urina que permanece na bexiga, também é importante urinar logo após a relação sexual, a fim de liberar as bactérias que podem ter entrado na uretra. Estudos descobriram que a retenção de urina por um longo tempo (segurar o xixi) permite que bactérias se multipliquem dentro do trato urinário, resultando em uma infecção do trato urinário.

Manter a região limpa e seca: As mulheres devem se limpar da frente para trás, especialmente após uma evacuação. Isso garante que as bactérias não entrem na uretra. Também é importante usar roupas soltas, o que permite que o ar mantenha a uretra seca.

Usar jeans apertados ou materiais como nylon pode ser problemático porque a umidade pode ficar presa, permitindo que as bactérias cresçam.

Evite usar espermicidas: Os espermicidas podem aumentar a irritação e permitir que as bactérias cresçam. Usar preservativos sem lubrificantes também pode causar irritação, por isso escolher preservativos lubrificados que não contêm espermicidas é o mais recomendado.

Probióticos: Devido ao desenvolvimento de resistência bacteriana, os probióticos são ótimos para ajudar no tratamento de infecções urinárias. Pesquisa publicada no Indian Journal of Urology explica que a flora bacteriana benigna é crucial para prevenir o crescimento excessivo de microorganismos que levam à doença, a utilização de antibióticos destrói a flora bacteriana benéfica e as bactérias patogénicas são ativadas seletivamente para crescer excessivamente em superfícies internas e externas.

Probióticos ajudam a apoiar a flora normal do corpo humano, que atua como uma linha de defesa. Comer alimentos fermentados também ajuda a restaurar a flora natural do corpo e recolonizar a bexiga com bactérias úteis, um bom alimento fermentado e saudável é o kefir.

Alho: A alicina, um dos princípios ativos do alho, tem uma variedade de atividades antimicrobianas, na sua forma pura, verificou-se que a alicina exibe atividade antibacteriana contra uma vasta gama de bactérias. O alho também possui propriedades antifúngicas, especialmente contra Candida albicans, que provoca infecções fúngicas.

Vitamina C: A vitamina C torna a urina mais ácida inibe o crescimento de E. coli e melhora a função imunológica. Um estudo de 2007 avaliou o papel que a ingestão diária de 100 miligramas de vitamina C desempenha no tratamento de infecção urinária durante a gravidez.

Os pesquisadores descobriram que o tratamento com vitamina C por um período de três meses foi capaz de reduzir as infecções urinárias, melhorando o nível de saúde das gestantes.

Caso os sintomas persistam, procure orientação médica.

O Autor é graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista Crefito-3/243875-f Especialista em Fisioterapia Geriátrica pela Universidade de São Carlos e Ortopedia. Dúvidas e Sugestões: paulinhok10@hotmail.com / Facebook Paulinho Rogério Gianlorenço.

Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.

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