sexta, 26 de abril de 2024
Espírito renovado e missão cumprida

Expedição são-carlense supera 3,7 mil atendimentos à comunidade ribeirinha no Rio Amazonas

10 Mar 2020 - 06h31Por Marcos Escrivani
No último dia, após os atendimentos, a foto de todos os voluntários presentes na missão são-carlense no Rio Amazonas - Crédito: DivulgaçãoNo último dia, após os atendimentos, a foto de todos os voluntários presentes na missão são-carlense no Rio Amazonas - Crédito: Divulgação

Com os atendimentos às comunidade ribeirinhas do Rio da Ilha, Ourives, Costa da Madalena e Costa do Iranduba, terminou nesta segunda-feira, 9, a expedição são-carlense que fez atendimentos na calha norte do Rio Amazonas. Os profissionais liberais voluntários foram os odontólogos José Luiz Lopes Sanchez e Yeda Vieira; além dos médicos Laura Tavares (reumatologista), Marcos Aurélio Ogando (reumatologista e intensivista), Walter Konig (cirurgia pediátrica), Allan R. de Morais (gastrocirurgião), Luiz Alfredo Gonçalves Menegazzo (radiologia e diagnósticos por imagem), José Carlos Bonjorno Jr. (anestesista e intensivista) e Margarida Prado (oftalmologia).

A 10ª expedição do Barco Hospital Papa Francisco na Providência de Deus foi de 4 a 9 de março e atendeu 1.226 pessoas, além de servir um total de 2.030 refeições. Acumulando os exames foram 3.755 atendimentos.

Ao final da jornada voluntária, a missão fez um balanço detalhado do trabalho realizado ao longo de seis dias:

CONSULTAS

Neurologia - 193

Clínica Geral - 480

Oftalmologia - 278

Odontologia - 219

Psicologia - 15

Consultas Cirúrgica - 41

Internações dias - 36

Cirurgias médias e grandes - 39

Pequenas Cirurgias - 25

EXAMES

RX - 208

Ultrassom - 307

Eletrocardiograma - 73

Exames laboratório - 769

Exames de Oftalmológico - 275

Atendimento de Farmácia - 726

Total de atendimento geral - 3755

DEPOIMENTO DO FREI JOEL

O criador do projeto e idealizador do Barco Hospital Papa Francisco, no último dia da missão são-carlense, deu um depoimento emocionado. A seguir transcrito.

“Nessa madrugada (segunda) fui ao banheiro. Aí olhei para fora do BHPF e já vi nosso povo na fila de espera. Não me detive, fui ao encontro deles e com carinho peculiar amazônico, fui acolhido. Mesmo estando de pijama, de repente alguém sussurrou: é o vigário do barco. Começamos um diálogo e de repente uma senhora muito terna com um pouco do café, me olhou e disse: “tome um pouco”. Um carinho, me senti amado, me veio uma lágrima, pois lembrei de minha mãe, que também como essa senhora muitas vezes, enfrentou noites por mim. Senti forte a presença de um Deus encarnado no meio do povo. Cada dia mais dá para te entender Jesus, porque sempre escolheste ficar no meio e não fechado, trancado, pois ali no meio encontraste os preferidos. E após aquele gole de café voltei a cama, para tentar ao menos descansar, mas acolhida daquela senhora, foi meu maior descanso. Porque Deus me visitou. Gratidão...

A REUMATOLOGISTA LAURA TAVARES NÃO SE CONTEVE:

“Pô Frei! Acabei de me recompor da cara inchada e você vem com esse texto!

Eu tenho certeza que Jesus está sempre onde há amor e bons corações!

A sua homilia de hoje foi um tiro: além de agradecer, peço que eu não seja nunca indiferente!

Obrigada por esses dias!

Quando a gente vai ficando velha é difícil fazer novos amigos, mas saio desses dias na certeza que tenho sim muitos novos amigos!”

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