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Com PIB de R$ 14 bilhões, São Carlos tem vários desafios pela frente

Município lidera a região na área econômica e se consolida com seu grande parque fabril e extensa rede de serviços; orçamento para 2025 é de R$ 2,2 bilhões

04 Nov 2024 - 07h54Por Da redação
São Carlos  - Crédito: Divulgação São Carlos - Crédito: Divulgação

O município de São Carlos tem vários desafios pela frente. Do sistema de tráfego de veículos, marcado pelos congestionamentos em horários de pico, passando pelas enchentes que causam muito prejuízo e a falta de médicos em número suficiente para atender a população com agilidade, os problemas são gigantescos.

Porém, São Carlos tem recursos para atender a estas demandas e até saúde financeira para buscar financiamentos se for necessário. O Orçamento de São Carlos saltou de R$ 795 milhões em 2021 para R$ 1,2 bilhão em 2024 e vai saltar para R$ 2,2 bilhões em 2025. 

A economia é diversificada e forte em vários setores, São Carlos lidera o PIB Regional. O PIB mede o volume de bens e serviços que um município gera durante um determinado período. A chamada “Capital da Tecnologia” gera 28,5% do PIB Regional, com um valor de R$ 14.141.854.369. Em segundo lugar vem Araraquara, com 24,1% do PIB Regional com um montante de R$ 11.953.237.471.

A pesquisa, realizada pelo IBGE e divulgada esta semana pela Fundação SEADE revela que o PIB de São Carlos é gerado pela indústria, que participa com 30% da geração de riquezas. Em segundo lugar vem o setor de serviços, que responde por 28,4% do total e a agropecuária, com participação de 9,2% na formação do PIB.

Latam São CarlosCentro de manutenção da LATAM - foto: Marcio David/arquivo

Em Araraquara o setor de serviços gera 28,8% do PIB, seguido da indústria, que gera 17,1% e da agropecuária, que contribui com 6,7%.
A economia de São Carlos sempre primou pela diversificação. Nas três últimas décadas, a cidade se tornou um centro automotivo, com a implantação da fábrica de motores da VW e entrou para o mapa do setor aeroviário, primeiro com o centro de manutenção da TAM e agora LATAM e uma alfândega no aeroporto municipal. Tudo isso se somou a um enorme conjunto de empresas industriais do segmento metalmecânico tradicional a várias startups, a um setor imobiliário muito robusto e uma área de serviços e comércio que avança a cada dia.

“Assim como no orçamento de um indivíduo se aconselha que os seus investimentos nunca devem estar numa única “cesta”, na economia de um país, de um estado ou município é a mesma coisa. Quanto mais diversificada é a fonte de geração de riqueza de uma cidade, ou quanto menos dependente de um único fator, produto ou setor, maiores as chances de sustentabilidade de crescimento econômico ao longo do tempo. Isso ocorre pois quando há essa diversificação diminui-se a chance de oscilações pontuais e/ou setorizadas venham impactar o desempenho geral da economia”, explica o economista da Fecomercio, Jaime Vasconcellos.

O especialista ressalta que em São Carlos pode-se dizer que é isso que ocorre, e de forma estrutural. “Temos um município de comércio resiliente, de um setor de serviços em expansão, com forte influência do ensino universitário (que sempre traz benefícios socioeconômicos), bem como de segmentos industriais de alta incorporação tecnológica. Isso tudo, considerando a sua relevante posição geográfica, com fluxos ativos de escoamento produtivo e ainda de substancial impacto do agronegócio. Tais características são salvaguardas da cidade, tanto que entre 2012 e 2021 (período que passamos por uma recessão econômica nacional em 2015 e 2016 e pelos fortes impactos da primeira e segunda onda da pandemia em 2020 e 2021) o mercado de trabalho formal de São Carlos avançou 5,7%, o dobro do aumento percentual brasileiro”, destacou Vasconcellos.

 

PIB NA REGIÃO CENTRAL:

Município            PIB (SEADE – 2021)

1 – São Carlos                    R$ 14.141.854.369

2 – Araraquara                  R$ 11.953.237.471

3 – Matão                            R$ 5.356.571.323

4 – Porto Ferreira             R$ 2.495.873.112

5 – Descalvado                   R$ 2.081.161.879

6 – Ibitinga                         R$ 1.965.222.526

7 – Taquaritinga                R$ 1.660.014.384

8 – Itápolis                         R$ 1.630.819.908

9 – Américo                        R$ 1.230.493.649

10 – Gavião Peixoto          R$ 1.184.185.051

11 – Ibaté                             R$ 1.159.253.485

12 – S. R. P. Quatro           R$ 825.834.738

13 – Dourado                      R$ 802.299.144

14 – Borborema                 R$ 518.182.326

15 – B. Esperança              R$ 380.753.261

16 – Nova Europa              R$ 377.460.822

17 – R. Bonito                     R$ 371.778.478

18 – Tabatinga                    R$ 340.423.445

19 – Rincão                          R$ 226.043.187

20 – F. Prestes                    R$ 205.593.634

21 – Dobrada                      R$ 138.926.575

22 – Santa Lúcia                R$ 131.127.832

23 – Motuca                        R$ 120.695.871

24 – C. Rodrigues              R$ 107.107.735

25 – Santa Ernestina        R$ 104.372.706

26 – Trabiju                        R$ 44.919.531

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