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Ano Dengue tem início neste mês

O Ano Dengue começou no dia 1º de julho de 2015 e vai até 30 de junho de 2016

02 Jul 2015 - 20h26
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A Vigilância Epidemiológica de São Carlos informa que a partir do dia 1º de julho, considerado pelo Ministério da Saúde início do chamado “Ano Dengue”, o município poderá solicitar novamente sorologia (exames laboratoriais) para os casos suspeitos de dengue. De julho de 2014 até o dia 23 de junho de 2015 o município registrou 20.157 notificações da dengue, sendo incluídas nesse total todas as notificações emitidas pelas redes pública, particular e conveniada de saúde.

A chefe da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, Márcia Pallone, ressalta que a coleta para os exames laboratoriais deve ser realizada após o 6º dia do início dos sintomas. “Vamos retomar os pedidos de sorologia, já que durante o período de epidemia a Sucen recomenda somente o critério clínico-epidemiológico nos casos da dengue clássica. Novamente vamos encaminhar todas as sorologias para o Instituto Adolfo Lutz de Ribeirão Preto, laboratório de referência das doenças de notificação compulsória”.

Apesar do pico de transmissão da doença já ter a passado e a tendência é que os números continuem caindo durante o inverno, medidas de prevenção foram mantidas. As equipes de combate à dengue da Prefeitura continuam nas ruas orientando os moradores e realizando ações educativas, com a distribuição de folheto contendo informações sobre como evitar e combater a formação de criadouros do mosquito. As equipes também realizam o serviço de nebulização e bloqueio nas regiões onde ainda ocorrerem notificações.

A Vigilância ressalta, entretanto, que os cuidados com a doença devem ser permanentes. “Combater a dengue é um dever de todos, é importante que os moradores continuem atentos na eliminação dos possíveis criadouros dentro das casas, nos quintais e terrenos”, alerta Márcia Pallone.

Chikungunya e zika – A Vigilância Epidemiológica também informa que dos 4 casos suspeitos de febre Chikungunya, dois já foram descartados por meio de exames laboratoriais. Outros dois resultados devem sair em breve. O órgão também aguarda os resultados de 2 casos suspeitos do zika vírus. Tanto a febre chikungunya como o zika vírus são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue.

“Todos esses casos suspeitos são de pessoas que viajaram para a Bahia, estado onde há um grande número de casos confirmados de chikungunya e do zika vírus. Felizmente os profissionais da saúde estão atentos à ocorrência de novos tipos de vírus e solicitaram o exame. É através do resultado dessas sorologias que vamos saber se esses vírus realmente entraram ou não no município, porém já tomamos todas as medidas de controle de vetor, que são as mesmas da dengue”, explica a chefe da Vigilância Epidemiológica. 

Os pacientes com suspeitas estão recebendo tratamento pela rede pública de saúde. Assim como a dengue, não existe tratamento específico para esses vírus.  O tratamento é sintomático e de suporte, incluindo repouso e ingestão de grandes quantidades de fluidos. 

A Vigilância Epidemiológica orienta para que as pessoas que se deslocarem para municípios com casos confirmados de chikungunya ou de zika, que apresentarem sintomas 15 dias após a viagem, procurem as unidades básicas ou de saúde da família para receber atendimento médico e comunicar o deslocamento.

Sintomas - Na fase aguda da chikungunya, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Ao contrário do que acontece com a dengue (que provoca dor no corpo todo), não existe uma forma hemorrágica da doença e é raro surgirem complicações graves.

De certa forma, os sintomas são semelhantes nessas doenças, porém menos graves no zika vírus: febre por volta dos 38 graus, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, diarreia, náuseas, mal-estar. A erupção cutânea (exantema) acompanhada de coceira intensa pode tomar o rosto, o tronco e os membros e atingir a palma das mãos e a planta dos pés. Fotofobia e conjuntivite são outros sinais da doença. A enfermidade é autolimitada. Em alguns dias, o organismo se encarrega de combater o vírus, que desaparece sem deixar sequelas.

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