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Agente de segurança relata que teme trabalhar na Fundação Casa de São Carlos

23 Nov 2011 - 15h14
Agente de segurança relata que teme trabalhar na Fundação Casa de São Carlos. - Agente de segurança relata que teme trabalhar na Fundação Casa de São Carlos. -

A unidade da Fundação Casa de São Carlos voltou a registrar tumulto na manhã do último sábado (19). Segundo um agente de segurança que não quis se identificar e entrou em contato com a nossa redação, um dos funcionários chegou a ficar trancado em uma sala junto com menores.

A confusão aconteceu antes da entrada dos familiares que foram até unidade visitar os internos. Segundo o agente, um dos adolescentes acusado de matar um jovem de 18 anos em maio no Gonzaga estaria sendo ameaçado de morte pelos outros internos.

Ele está alojado na Unidade de Internação (UI) e durante o café da manhã passou a ser ameaçado pelos adolescentes da Unidade de Internação Provisória (UIP) e o pior só não aconteceu porque havia uma grade separando as duas alas.

Os agentes conseguiram fazer a contenção e conseguiram trancar o módulo que poderia ser invadido pelos internos. Um dos funcionários ficou detido ao lado de cerca de 38 menores.

Segundo a denúncia, assustados por causa do barulho causado pelo tumulto que durou cerca de 20 minutos alguns familiares dos adolescentes chegaram a ir embora antes da visita.

O agente de segurança ainda fez um desabafo sobre as condições de trabalho na Fundação Casa. “A fundação é uma panela de pressão que pode estourar a qualquer momento”, disse. Ele reclama que os adolescentes são agressivos e não obedecem as ordens e que o Estatuto da Criança e do Adolescente dá muito respaldo para eles. Também relata que frequentemente recebe ameaças de morte e não tem nenhum amparo por parte da direção da instituição.

Segundo o funcionário, uma rebelião pode acontecer a qualquer momento. Ele relata que durante algumas revistas rotineiras várias armas brancas já foram encontradas no prédio.

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