sábado, 27 de julho de 2024
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USP São Carlos desenvolve aplicativo de táxi para automóvel sem motorista

14 Ago 2015 - 15h12
Carina, sigla para Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma, foi criado por cientistas da USP - Carina, sigla para Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma, foi criado por cientistas da USP -

Um aplicativo que chama um táxi sem motorista está em fase de desenvolvimento por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos.O projeto do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação e da Escola de Engenharia quer criar uma nova utilidade para o Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma (Carina), automóvel criado em 2013 que foi adaptado para dispensar motoristas.

Uma demonstração pública do serviço de táxi autônomo deve acontecer em meados de outubro. De acordo com Denis Wolf, coordenador do projeto e professor do ICMC, a ideia é que o usuário possa acionar o táxi pelo celular e que o veículo o leve ao seu destino.

Em entrevista à Agência Fapesp, ele afirma que a localização do destino seria indicada por comando de voz ou apontada em uma tela de computador instalada no interior do carro. Depois da viagem, o Carina voltaria ao ponto inicial para uma nova corrida.

Desde que foi criado, o automóvel – um Fiat Palio Weekend Adventure, adaptado pelos pesquisadores com uma série de equipamentos – passou por diversas melhorias. Uma delas foi a incorporação de um sistema de mapas contínuos que possibilita melhorar o controle e a localização do automóvel e planejar melhor suas trajetórias.

O projeto é desenvolvido com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo)  e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados (INCT-SEC).

Caminhão autônomo

O desenvolvimento do Carina fez com que o grupo de pesquisadores da USP de São Carlos fosse procurado pela montadora sueca Scania para desenvolver um caminhão autônomo. A empresa disponibilizou dois caminhões para o projeto, que recebeu R$ 1,2 milhão para investimentos.

O caminhão recebeu diversos itens para que o sistema autônomo pudesse controlar todos os movimentos. Além disso, foram acoplados alguns pequenos motores que atuam no volante e nos freios e instalado um circuito eletrônico no comando do acelerador para controlar a velocidade do caminhão.

Apesar de ainda se tratar de um protótipo, que circula apenas na área 2 do campus da USP, em São Carlos, os resultados obtidos com o projeto foram bastante promissores.

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