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Revisão do Plano Diretor reúne profissionais liberais, população e acadêmicos

10 Jun 2015 - 19h29
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Na segunda-feira (8), a sede da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos - Aeasc abrigou uma nova reunião sobre a revisão do Plano Diretor Estratégico - PDE, de São Carlos, parte do Ciclo de Palestras AEASC.

Foram convidados profissionais liberais, entidades civis organizadas, Câmara Municipal de Vereadores e Prefeitura de São Carlos.

A pauta desta vez foi o Programa de Drenagem Urbana e Saneamento, apresentado pelo engenheiro civil André Fiorentino e Geologia, Água Subterrânea e Meio Físico, apresentado pelo geólogo Marcelo Roseli.

"Esses encontros aqui na AEASC são importantes porque estamos discutindo o que está sendo contemplado ou não na atual proposta com a participação de todos os segmentos interessados da sociedade. Só estamos sentindo falta aqui dos vereadores e de representantes da Prefeitura.", disse o presidente da AEASC, o engenheiro agrônomo Giuliano Cardinali.

A abertura da reunião feita pelo engenheiro de produção Ademir Zanotta foi um resumo do que até agora foi apresentado como proposta nessa revisão do PDE.

"As alterações apresentadas tem alterações muito pequenas em relação ao que foi proposto em 2005 e nós conhecemos novos projetos de 2011, 2012 que podem e devem ser incluídos nessa revisão de 2015.", disse Zanotta.

De acordo com o IBGE, o crescimento demográfico anual de São Carlos é da ordem de 2,5%. Assim, ainda segundo o Instituto, tendo hoje 244.931 habitantes a cidade terá daqui a 10 anos certamente mais de 300 mil habitantes.

André Fiorentino foi o segundo a fazer sua explanação dizendo que as propostas apresentadas agora não diferem das existentes em 2012 e os pleitos apresentados atualmente não tiveram suas avaliações divulgadas. E mais "Existem leis aprovadas, como o Plano Municipal de Saneamento, que prevê o crescimento para os próximos 30 anos. E como uma das premissas da atualização do PDE são as bacias hidrográficas é preciso seguir o Plano de Saneamento, observá-lo, até porque é uma lei.".

Quem discorreu sobre a renovação do PDE por último, foi Marcelo Roseli, sobre dados ainda não utilizados  da geologia da área sul de São Carlos feitos em campo, encerrados no final de 2005. O trabalho avaliou um território de 132 km2 que faria parte da área de recarga do Aquífero Guarani apontada pelo mapa da CETESB. "O mapa que resultou desse trabalho mostra na zona sul  uma formação extremamente maciça, altamente espessa em alguns pontos. Os mapas antigos apontavam basalto. Mas ali na verdade o que existe é diabase (rocha magmática). Estudamos dezenas de poços tanto profundos quanto rasos. Fizemos sondagens na região do CAIC do Cidade Aracy e encontramos também argila.", condições muito diferentes das declaradas nos mapas cartográficos clássicos usados em 2005 segundo o geólogo. E concluiu: "Conversando que um professor da UNESP de Rio Claro, orientador de uma das primeiras teses sobre a geologia da área que pesquisados ele me disse que desde 1991 sabe que essa região não é de recarga do (Aquífero) Guarani. Desde 91!". , afirmou Marcelo Roseli.  Essa informação mudaria algumas das premissas de ocupação da área sul de São Carlos.

"O grupo de atuação da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos está compilando as apresentações feitas nessas reuniões para entregá-las à Prefeitura de São Carlos como forma de contribuir tecnicamente na atualização do PDE 2014/2015.", afirmou Cardinali.

De acordo com a programação divulgada pela Prefeitura de São Carlos, a próxima audiência pública sobre o PDE será dia 30 de junho.

 

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