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Prefeitura quer criar lei para combater a infestação de pombos na área urbana

23 Out 2019 - 18h04Por Da Assessoria de Imprensa
Prefeitura quer criar lei para combater a infestação de pombos na área urbana - Crédito: Pixabay Crédito: Pixabay

Equipes da Vigilância Epidemiológica, Sanitária, Zoonoses, Combate a Dengue e das secretárias de Serviços Públicos e Comunicação, com a participação do vereador Robertinho Mori, autor da Lei Nº 16.256/2012 que dispõe sobre o combate à infestação de pombos em áreas urbanas, estão realizando um estudo para elaboração de um decreto para implementação da Lei já existente.

A ideia é também desenvolver campanhas educativas para mostrar, principalmente ao público infantil, que apesar de dóceis e simpáticos, símbolo da paz, os pombos domésticos representam uma ameaça à saúde pública, já que transmitem vários tipos diferentes de doenças. Além de conscientizar crianças, jovens, adultos e idosos que a alimentação oferecida pela população também causa riscos para a saúde das aves.

“Essa é a terceira reunião que realizamos para discutir os parâmetros desse decreto. Agradeço a preocupação da administração em relação a esse problema. A pomba é considerada um rato voador e transmite mais de 40 doenças. Vamos deixar claro que ninguém está falando em sacrifício desses animais, mas de controle e de uma grande campanha para conscientizar a população para que elimine a oferta de alimentos”, explica o vereador Robertinho Mori.

De acordo com Luciana Marchetti, supervisora da Unidade de Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Carlos, essa atitude de alimentar os pássaros foi incentivada por muitos anos, inclusive em outros países, mas que agora coíbem a prática. “Em São Carlos recebemos denúncias, porém temos casos recorrentes que mesmo com orientação, explicações, as pessoas não deixam de alimentar as aves, pois acreditam estar fazendo bem ao animal, por isso precisamos aumentar a fiscalização e fazer uma grande campanha de divulgação, principalmente com relação às doenças que essas aves transmitem. Conscientizar que essa atitude é prejudicial para a sociedade e para os animais”, alerta a supervisora lembrando que as fezes e dejetos dessas aves também causam danos em residências, monumentos e patrimônios históricos.

Crislaine Mestre, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, afirma que serão desenvolvidos dois planos de ação. “Vamos fazer uma campanha lúdica, específica para as crianças das escolas municipais, estaduais e particulares, com ações educativas para que elas entendam que ao deixar de alimentar os pombos, eles irão instintivamente procurar seu alimento fora da área urbana. Outra ação será direcionada ao público adulto mostrando a necessidade da diminuição natural do número de animais no município”.

Já Fernando Magnani, biólogoe diretor do Departamento de Defesa e Controle Animal da Secretaria de Serviços Públicos, ressalta que os pombos são animais sinantrópicos, que se adaptam a viver junto ao homem, porém causam transtornos significativos. “Oferecer alimentos a essas aves e a mesma coisa que oferecer criadouro ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue,  Zika e Chikungunya.Não adianta nada falar de controle populacional se as pessoas continuarem alimentando esses animais. Além disso, os pombos se reproduzem durante o ano todo”.

Também fazem parte da comissão de estudos a chefe da Seção de Apoio à Vigilância em Saúde e Informação da Secretaria Municipal de Saúde, Denise Scatolini e a supervisora do Departamento de Vigilância Sanitária, Maria Fernanda Cereda.

Entre as principais doenças transmitidas pelos pombos estão a criptococose, histoplasmose e salmonelose.

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