sexta, 26 de abril de 2024
Todos pela Luna

Jogadores do Palmeiras autografam camisa que será rifada para ajudar família de criança são-carlense com câncer

11 Nov 2019 - 08h16Por Marcos Escrivani
Jogadores do Palmeiras autografam camisa que será rifada para ajudar família de criança são-carlense com câncer - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

“Não é só futebol” e os jogadores da Sociedade Esportiva Palmeiras deram um bonito exemplo de solidariedade e toda a equipe autografou uma camisa oficial do clube que será rifada para ajudar a família da pequena Luna, uma garotinha são-carlense acometida de um tumor maligno suprarrenal.

Filha do casal Reginaldo (Jaqueline de Souza) Camacho, Luna luta pela vida e como o tratamento é caro, os papais buscaram alternativas para conseguir recursos para que ela possa ter qualidade de vida no plano terreno.

O número custa apenas R$ 15 e a camisa irá correr pela Loteria Federal do dia 11 de dezembro. Os interessados poderão participar da rifa e ter um lindo ato de solidariedade, ao entrar em contato pelos fones 99754-4022 (Tezia) ou 99784-8222 (Gustavo) e adquirir um número.

AMOR SEM LIMITE

Abaixo, na íntegra, uma carta escrita pelos pais de Luna, onde conta a história da pequena que adquiriu a grave enfermidade e a luta para que ela possa ser feliz e ter qualidade de vida em meio aos familiares:

Olá amigos, vou contar aqui sobre o caso da Luna desde o início.

No dia 11 de outubro de 2018 a minha esposa ao dar banho na Luna percebeu um volume incomum na lateral do abdômen incomum. Vendo isso ela ficou preocupada e decidimos levar ela até a UPA do Santa Felícia. Chegando lá o médico de plantão ao ver aquela massa incomum encaminhou para o Hospital Universitário para a realização de um ultrassom, no qual constatou uma massa relativamente grande, porém não podiam atestar o que era até ser realizado uma tomografia e a biopsia, mas já suspeitando que fosse um tumor.

Com dois dias internada no HU os médicos já tinham entrado em contato com o Hospital do Amor de Barretos e começaram os procedimentos para prevenção caso fosse câncer, que era a

ministração de soro na veia. Isso para não ter risco de dar lesão renal.

Com a graça de Deus e o empenho dos médicos do HU conseguimos uma vaga no Hospital do Amor de Barretos em dois dias. A ambulância fez a remoção dela até lá com a presença de um enfermeiro e eu fui atrás de carro.

Chegando lá foram feitos nos dias iniciais vários exames para diagnosticar o que ela tinha, mas a médica preliminarmente já suspeitava o que fosse. Após 24 dias de exames saíram os

resultados e ela foi diagnosticada com Neuroblastoma na glândula suprarrenal, e este era classificado como maligno, que tem a ver com a agressividade dele. Ele tinha cerca de 15 cm,

mas não era uma esfera, era no formato de uma linguiça e se estreitava entre os órgãos.

Com esse diagnóstico o protocolo foi realizar 5 ciclos de 5 quimios por mês, cada uma com duração de 7 a 8 horas.

As quimioterapias foram até o mês de abril, onde foi constatado uma redução bem expressiva e com isso a possibilidade de realizar a cirurgia de remoção do tumor.

A cirurgia foi realizada e foi retirado 90% do tumor, só não deu para 100% pois estava aderido na aorta e no rim.

Após a cirurgia foi iniciado um novo ciclo de quimioterapia para conter esses 10%, tendo uma duração menor, em torno de 2 horas. Normalmente essa quimio pós cirurgia conseguia segurar o avanço do que restou do tumor.

Quando já tinha feito mais 5 ciclos de 5 quimios se esperava um controle do tumor, mas ao realizar os exames de imagem para a preparação do autotransplante, que era uma possibilidade de fazer a troca da medula dela e assim fazer o organismo ficar limpo de

possíveis novos tumores, viram que o tumor havia voltado a crescer e estava do tamanho do início do tratamento, porém ela não podia tomar mais quimios fortes como no início pois a medula dela não suportaria e ela poderia morrer pela medicação muito forte.

Após isso a médica resolveu ainda tentar uma outra medicação para a quimioterapia que ela ainda não tinha usado e assim que fez a barriga dela inchou inesperadamente e ela teve muita dor. Foi medicada com morfina a partir de então e está tomando a cada 4 horas para não ter dor.

Perante essa resposta da quimio a médica resolveu um último recurso que é a radioterapia para tentar conter o avanço do tumor e assim dar qualidade de vida para a Luna, pois após iniciar a radioterapia e devido à complexidade do crescimento do tumor está inviável a possibilidade de uma nova cirurgia e não se fala mais em cura.

Ao iniciar as sessões de radioterapia a Luna respondeu muito bem e está mais ativa, brincando e comendo melhor. Graças a Deus ela não está mais com dor, mas ainda tomando morfina, a qual será tirada só após as sessões de radioterapia acabar.

Ela ainda tem essa semana e até quarta-feira, 6 de novembro.

Nós pedimos muitas orações, pois da parte médica ela está no tratamento paliativo, sem esperança de cura, mas com o objetivo de dar qualidade de vida para nosso anjo.

Eu digo a todos para seguir o exemplo da Luna, de passar pelos problemas como uma guerreira, sem reclamar.

E acreditamos que os planos de Deus são sempre perfeitos, mesmo as vezes não sendo da maneira que gostaríamos.

Se o plano Dele for mantê-la entre nós que possamos fazer com que seus dias sejam os mais felizes possíveis. Se o plano de Deus for só usar ela como um exemplo a todos que se envolveram de

alguma maneira para ajudar a pensar um pouco mais no próximo acredito que ela já é um milagre de qualquer forma.

Muito obrigado a todos que nos ajudaram, amenizando as nossas preocupações no campo financeiro. Deus sempre possa abençoar a família de todos.

Muito obrigado

Família Camacho

Reginaldo, Jaqueline, Lorenzo, Luigi e Luna”

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