sexta, 26 de abril de 2024
Recomeçar do zero

Geada queima 4 mil pés de maracujás e causa prejuízo de R$ 50 mil a produtor são-carlense

O agropecuarista e comerciante Carlos Alberto Tavoni Júnior lamenta o intenso frio que causou adversidades em 2021

09 Ago 2021 - 07h12Por Marcos Escrivani
Desolação: geada queimou produção de maracujás de produtor são-carlense - Crédito: divulgaçãoDesolação: geada queimou produção de maracujás de produtor são-carlense - Crédito: divulgação

Pelo menos nos últimos 18 anos, São Carlos não teve frio tão intenso como ocorreu no inverno deste ano. Aliada a uma estiagem de mais de dois meses, quem trabalha com a terra, sobrevive dela e proporciona empregos, tem tido diversos problemas. As adversidades causadas pela natureza.

Um deles é Carlos Alberto Tavoni Júnior, 31 anos. Ao lado do pai, um parceiro, possui há 30 anos um sítio de 27 hectares no subdistrito de Santa Eudóxia, onde produz maracujá e banana. Os próximos passos são cultivar 200 pés de abacate e pelo menos 3 mil de abacaxi. Mas esta meta foi adiada para o final do ano, quando o clima esquenta e chega o período das águas (chuvas).

Hoje, a preocupação da família Tavoni é trabalhar para que o prejuízo não aumente. As geadas que caíram em São Carlos este ano queimaram os 4 mil pés de maracujá da propriedade e todos os pés de bananas. Um prejuízo estimado em R$ 50 mil. “Sem dúvida o frio de 2021 é o mais intenso dos últimos cinco anos. Mas em conversas com meu pai, há pelo menos 18 anos não geava com tamanha intensidade”, disse Carlos Alberto Jr., em entrevista ao São Carlos Agora.

O agropecuarista e comerciante são-carlense disse que agora o momento é de reflexão. Sem desespero e procurar administrar os prejuízos. “Damos emprego para doze colaboradores e pretendemos mantê-los. Mas o momento é difícil, pois reflete na família. Temos contas a pagar e fazer novos investimentos. Vamos comprar novas mudas, bem como adubo e iniciar um novo ciclo”, afirmou.

DO ZERO

Carlos Alberto Jr. Comentou que já está adquirindo as mudas de maracujá e de abacate e colocar a mão na massa. “Vamos recomeçar do zero. Não adianta chorar o leite derramado e ficar chorando. Tem que levantar a cabeça. A perspectiva nossa, caso não ocorresse uma geada tão forte, em agosto a plantação ia começar a florir. Mas infelizmente isso não é a nossa realidade, hoje”, lamentou. “Quando era anunciado uma frente fria, a gente chegou a perder noites de sono.

BOLA PRA FRENTE

De acordo com o agropecuarista e comerciante os 4 mil pés de maracujá produz aproximadamente 50 toneladas que eram fornecidas para uma indústria de Descalvado (Rubi da Serra), que trabalha com a polpa da fruta e para estabelecimentos comerciais de São Carlos.

Agora reiniciando do zero, a médio prazo, retornando a produção gradativamente de maracujá e banana, a perspectiva é que aconteça o reabastecimento. Existe ainda a médio prazo a produção de abacates e de, provavelmente, abacaxis. “Acredito que o pior passou. Vamos em busca de novos horizontes e produzir as frutas”, finalizou Carlos Alberto Jr.

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