sexta, 26 de abril de 2024
Dia 12 de maio

Enfermeiras de São Carlos mostram profissionalismo e atitude em época de pandemia da Covid-19

Para homenagear aqueles que estão na linha de frente, o São Carlos Agora ouviu três profissionais da cidade

14 Mai 2021 - 08h34Por Marcos Escrivani
No HU, enfermeiros ao lado de Rita Cássia: profissionais na linha de frente no combate à Covid-19 - Crédito: DivulgaçãoNo HU, enfermeiros ao lado de Rita Cássia: profissionais na linha de frente no combate à Covid-19 - Crédito: Divulgação

O mundo comemorou quarta-feira, 12 de maio, o Dia do Enfermeiro. No Brasil, além do Dia do Enfermeiro, comemora-se a Semana da Enfermagem em homenagem a dois grandes personagens da Enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.

A palavra Enfermeira/o originou do latim tendo como significado Mãe, criar e nutrir. Essas palavras, adaptadas ao inglês se transformaram na palavra Nurse que, traduzida para o português, significa Enfermeira.

Em época de pandemia da Covid-19, a profissão ganhou mais notoriedade, já que os profissionais estão na linha de frente no combate a grave infecção que já causou milhares de mortes em todo o planeta.

Para marcar a data e homenagear estes profissionais que atendem às pessoas que necessitam de cuidados médicos, ouvidos três experientes enfermeiras que contaram um pouco do dia a dia.

NO HU

Rita Cássia Ismail, 40 anos, é casada com o médico Julio Cesar Zavaglia Junior, 38 anos e mãe da pequena Helena, de três aninhos. Com um respeitável currículo, foi técnica em enfermagem por 6 anos no centro cirúrgico da Santa Casa de Fernandópolis e no Centro de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Base de São José do Rio Preto.

Buscando algo diferente e que pudesse estar mais próximo das pessoas, se formou em Enfermagem e foi cuidar de índios Xavantes em Barra do Garça/MT, onde morou por dois anos. Posteriormente atuou ainda na Beneficência Portuguesa e Unimed em Araraquara e há dois anos está no Hospital Universitário, em São Carlos.

Com um vasto currículo de serviços prestados, Rita garante que não escolheu a profissão e sim, foi escolhida por ela. “Estou grata por ser enfermeira e se tivesse que começar tudo de novo, escolheria novamente esta profissão. Quero cuidar do próximo. Fazer o bem, sem ver a quem”, salientou.

Em época da pandemia da Covid-19, Rita disse que ajudou na montagem da UTI Covid do HU, bem como a enfermaria. “Fui a primeira enfermeira a participar da entubação do primeiro paciente em São Carlos no HU. A apreensão e medo foi grande. Desespero em buscar salvar vidas e não se contaminar pelo novo coronavírus. A preocupação por uma possível falta de material. Foi um momento de muita angústia”, relembrou.

Entretanto, Rita garante que é uma profissional realizada e feliz. “É uma profissão que causa desgaste físico e emocional. Mas recompensa em saber que estamos salvando vidas”, afirmou.

NO SMU

Érika Aline Gonçalves, 39 anos, casada com o professor Arnaldo Almas de Jesus, 44 anos e mamãe de Miguel, 6 aninhos. Em 2003 formou-se técnica em enfermagem e em 2008, como Enfermeira e há 10 anos está no Serviço Médico de Urgência (SMU) da Santa Casa de São Carlos.

Para Érika, ser enfermeira é cuidar do próximo, trabalhar com humanização e carinho. Ajudar o máximo possível e se doar. Dar amparo e amor, além de muita dedicação. “A profissão que nos escolhe”, afirmou.

Ao São Carlos Agora, Érika se vê realizada como pessoa e profissionalmente e garante que fez a melhor opção como pessoa. “Não me vejo em nenhuma outra profissão. Ser enfermeira é algo que me completa”, comentou.

Indagada sobre a atuação na linha de frente no combate à Covid-19, Érika disse que a pandemia trouxe medo e insegurança. “Mas como profissionais da Saúde, temos que trabalhar e nos doar. As pessoas dependem de nós e temos que fazer o melhor e ajudar a salvar vidas. Esta é nossa principal motivação”, assegurou.

NO SAMU

Siumeria da Silva, 43 anos, é enfermeira no Samu, onde está desde 2012. Dedicada profissional, está na linha de frente no combate ao novo coronavírus. “É uma profissão gratificante. Poder ajudar a sociedade e dar o que temos de melhor. Adoro esta profissão”, disse.

Segundo ela, nesta época de pandemia da Covid-19 onde os perigos aumentaram devido a propagação da doença, os profissionais se reinventaram para evitar a contaminação. Porém relatou que há o stress diário e a necessidade de cuidados extras. “Temos que nos policiar para não sermos infectados e ter o dobro de cuidados, pois diariamente atendemos a várias pessoas”, disse. “Mas não somos heróis. Acredito que os heróis são as pessoas que batalham para sobreviver no Brasil”, comentou.

Indagada sobre o Dia do Enfermeiro, Siumeria foi modesta. “Acredito que todos os dias são dos enfermeiros, como todos os dias, são dias dos pais, das mães. O importante é que somos reconhecidos pelo nosso trabalho. E fico grata por isso”, finalizou.

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