sexta, 03 de maio de 2024
Em plena pandemia

Dólar e alta demanda provocam aumento no preço dos materiais básicos para construção em São Carlos

06 Out 2020 - 10h18Por Marcos Escrivani
Preço do milheiro do tijolo baiano aumentou 55%. - Crédito: Foto: Sidney Oliveira/Agência ParáPreço do milheiro do tijolo baiano aumentou 55%. - Crédito: Foto: Sidney Oliveira/Agência Pará

A escalada do dólar (hoje na casa dos R$ 5,5) e a alta demanda durante a pandemia da Covid-19, fizeram com que o preço de alguns materiais básicos utilizados na construção civil aumentasse consideravelmente nos últimos cinco meses.

Na manhã desta terça-feira, 6, o São Carlos Agora entrou em contato com alguns estabelecimentos comerciais no intuito de buscar um comparativo da areia, cimento e tijolos utilizados em reformas e construção de moradias.

Alguns comerciantes preferiram não opinar. Já outros divulgaram valores comercializados e explicaram que nos últimos cinco meses, com o isolamento social, muitas famílias iniciaram reformas em suas residências, bem como a construção de casas, conjuntos habitacionais, prédios de apartamentos e até mesmo novos barracões.

Com isso, segundo os comerciantes, o aumento da demanda e a escalada do dólar fez com que os produtos aumentassem consideravelmente o valor. “Com a escassez dos produtos, o preço aumenta”, disse um comerciante. “Sem contar que os tijolos estão em falta no mercado”, emendou, salientando que a maioria dos estabelecimentos que atuam neste segmento do mercado em São Carlos, encomendam o material de olarias de Porto Ferreira e Rio Claro.

QUASE DOBROU...

Em média, o preço dos tijolos em São Carlos quase dobrou. O batovi, normalmente utilizado em fundações e muros de arrimo, era comercializado em março na cidade há R$ 280 o milheiro. Hoje o produto é vendido em média a R$ 380.

Já o tijolo baiano (seis furos) custava em março R$ 450 em média. Hoje não sai por menos de R$ 700. Um aumento de 55%.

O cimento que é comercializado normalmente de acordo com o preço do dólar, em março tinha preço médio de R$ 23. Nos primeiros dias de outubro, o saco de 50 quilos é vendido a R$ 29.

Já a areia fina e areia grossa mantiveram os preços praticamente estáveis.

ESTABILIDADE

De acordo com alguns comerciantes, há a falta de tijolos em São Carlos e na região e a normalização deverá ocorrer até o final de 2020.

Até lá, segundo eles, deve ocorrer ainda a estabilização nos preços. Contudo, os comerciantes que trabalham com o material básico de construção não acreditam que os preços caiam e permaneçam neste patamar.

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