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Competição de programação da Microsoft: desafios mobilizam 73 estudantes no ICMC

26 Mar 2015 - 17h46
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Foram duas horas de muita diversão, concentração e adrenalina para os 73 estudantes que participaram da Microsoft Coding Competition na tarde da última quarta-feira, 25 de março, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

“Eu gostei bastante da competição. Para nós, estudantes da área de computação, esse é o melhor jogo que existe”, contou Douglas de Oliveira, que está no segundo ano do curso de Ciências de Computação no ICMC. “Nossos alunos gostam muito de programar e, para a maioria deles, um evento como esse é uma atividade quase lúdica”, ressaltou a vice-diretora do Instituto, Maria Cristina Ferreira de Oliveira.

Segundo ela, faz parte da missão da Universidade sediar competições como essa e favorecer o contato entre o mercado e os estudantes. “Há muitas grandes empresas que vêm até o ICMC realizar seus processos de recrutamento. Possibilitarmos que nossos alunos saibam que tipo de profissional as instituições estão buscando recrutar é fundamental”, ressaltou Maria Cristina.

O engenheiro de software da Microsoft Eduardo Miranda deixou um recado importante para os participantes do evento: “Continuem por esse caminho: mesmo que vocês não queiram participar de uma maratona de programação no futuro, é muito importante treinarem a solução de problemas de programação por meio de competições como essa”. 

De acordo com Miranda, nos processos de contratação de grandes corporações da área de tecnologia, é considerado um diferencial participar de competições de programação. “Na Microsoft, não excluímos do processo de seleção quem não participou da nossa competição. Mas, antes de selecionarmos os candidatos que vamos entrevistar, fazemos uma análise dos currículos recebidos e valorizamos a participação em iniciativas como essa”, revelou.

Ele explicou que, historicamente, a Microsoft tem recrutado, a cada ano, pelo menos 10 candidatos em toda a América Latina para realizar estágio (de dois a três meses) ou se tornar funcionário da empresa no exterior. O processo de seleção envolve análise de currículo e diversas entrevistas. “Valorizamos quem consegue resolver um problema por meio de algoritmos performáticos e bem estruturados”, afirmou Miranda. Ele também destacou que, caso um estudante seja escolhido para trabalhar na empresa, é de praxe aguardar a conclusão do curso universitário antes que a contratação se efetive.

Em 2015 foi a primeira vez que a empresa realizou competições de programação no Brasil, seguindo o modelo de eventos que já costuma realizar na Europa e em outros países da América Latina. Além de São Carlos, mais quatro cidades brasileiras sediaram a Microsoft Coding Competition neste ano: Campinas (UNICAMP); São José dos Campos (Instituto Tecnológico de Aeronáutica); Rio de Janeiro (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Pernambuco (Universidade Federal de Pernambuco).

 

Os vencedores – Os 73 participantes não se surpreenderam quando Miranda revelou qual equipe havia ganhado a competição, que demandava tentar responder seis problemas de programação em apenas duas horas. Entre os vencedores estava Bianca Oe e Luís Fernando de Abreu, campeões da Maratona Brasileira de Programação em 2013, que também participaram da Maratona Mundial de Programação (International Collegiate Programming Contest – ICPC) em 2014. Além deles, fez parte da equipe vencedora o estudante Denilson Marques Junior, que está no terceiro ano de Engenharia de Computação.

“Com certeza, esse desafio foi mais fácil do que o mundial de programação, em que tínhamos apenas 5 horas para resolver 10 problemas de programação. Surpreendentemente, hoje também fiquei nervosa”, explicou Bianca. “Com certeza, é um diferencial dizer que fomos os vencedores de mais essa competição”, completou.

Mestrandos no ICMC, Bianca e Abreu fazem parte do Grupo de Estudos da Maratona de Programação (GEMA) e tentam contribuir com a formação dos futuros competidores do ICMC. O trabalho do GEMA já está rendendo bons frutos: o estudante Liuri Loami, um dos membros da equipe classificada em segundo lugar na Microsoft Coding Competition, participa do GEMA. “Acredito que competições como essas sejam mais complicadas para quem não está acostumado em resolver esse tipo de problema”, disse Loami, que está no último ano do curso de Ciências de Computação.

Também fizeram parte da equipe vice-campeã a estudante Marina Coimbra, que também está no último ano do curso de Ciências de Computação, e Guilherme Bordignon, que cursa o último ano de Engenharia de Computação. Depois das duas horas trabalhando, esses incansáveis vice-campeões estavam animados para mais um round de desafios: “Agora, vamos assistir a uma aula sobre algoritmos avançados, é uma matéria optativa em que resolvemos problemas tal como os que aparecem nas competições”, finalizou, animada, Marina.

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