sábado, 05 de outubro de 2024
Ponto final

Empresa de São Carlos adquire área do antigo Clube Atlético Paulistinha

São Carlos SA Indústria de Papel e Embalagens comprou o imóvel e meta é expandir a empresa e gerar novos empregos

25 Abr 2023 - 07h39Por Marcos Escrivani
Clube Atletico Paulistinha - Crédito: arquivo/PaulistinhaClube Atletico Paulistinha - Crédito: arquivo/Paulistinha

Fundado no 3 de agosto de 1958 e oficializado no dia 14 de fevereiro de 1960, pelo professor Ary Pinto das Neves e dirigido por muitos anos pelo também professor Marivaldo Carlos Degan e posteriormente por outras pessoas, o Recanto do Tio Patinhas (ex- Clube Atlético Paulistinha) deixa de existir.

Portador de títulos internacionais, nacionais, estaduais, regionais e municipais desde a década de 1970, após 63 anos, o centro de treinamento com uma extensa área com alojamentos e campos de futebol, hoje sucateado, foi arrematada em leilão pela São Carlos SA Indústria de Papel e Embalagens.

O local, abandonado por muito anos, foi palco de muitos eventos esportivos, a maioria destinada para crianças, já que o Recanto do Tio Patinhas, nome adquirido na década de 90, era uma escolinha de futebol destinada para garotos. O principal requisito era justamente ser “bom de bola, mas bom na escola”, ou seja, possuir boas notas.

O São Carlos Agora manteve contato com a empresa compradora do imóvel que tem uma entrada considerada irregular às margens da rodovia Washington Luís (SP-310). Em nota oficial, a direção confirmou ter adquirido o Recanto e pontuou os motivos que teriam levado a desativação do local. O imóvel era de propriedade particular (de várias famílias) e possuíam cotas e teriam abraçado o projeto idealizado por Pinto das Neves e Degan na formação da escolinha. Com o falecimento de ambos, o então CAP passou por várias diretorias e ao longo das décadas acumulou pendências tributárias e trabalhistas de grande monta.

Diante disso, os proprietários, houveram por bem, entrar com uma Ação Judicial, objetivando a extinção de condomínio, o que foi deferida pelo Juiz da 2ª Vara Cível de São Carlos. O imóvel foi levado à leilão judicial, não havendo interessados na sua arrematação.

A São Carlos AS na nota informou ainda que somente a empresa se mostrou interessada na aquisição e constatou que os prédios no imóvel estariam deteriorados e vandalizados, alvo de furtos.

Disse ainda que parte do local será novamente arborizado e que a empresa deverá expandir sua área, gerando mais riqueza para a economia e gerando novos empregos.

Por fim, disse que todo o acervo do CA Paulistinha (troféus, flâmulas, fotos, entre outros) foi armazenado em caixas e poderá, através de ordem judicial, ser encaminhado para possíveis, interessados, público ou privado.

Por fim, o São Carlos Agora indagou qual teria sido o investimenro da empresa e a resposta é que, pela lei de proteção e sigilo, os valores não poderiam ser informados.

A NOTA

Abaixo, a integra da nota emitida pela São Carlos SA Indústria de Papel e Embalagens, que adquiriu o Recanto do Tio Patinhas (ex-CA Paulistinha):

Inicialmente para esclarecer, que a área onde atuou o Clube Atlético Paulistinha, era de propriedade particular, de várias famílias de São Carlos, sendo que, o Clube Atlético Paulistinha detinha um percentual da área ideal, o mesmo, com Marisvaldo Carlos Degan.

Os proprietários, possuíam cotas, uns menos, outro mais, formando assim um condomínio. Eles abraçaram o projeto idealizado pelo professor Marisvaldo Carlos Degan e professor Ary Pinto das Neves, ambos (de saudosa memória). Os proprietários, cederam o imóvel, para ali ser criado uma escola de futebol para adolescentes e crianças, onde o principal quesito para fazer parte da escola de futebol, fosse ter excelentes notas nas escolas onde estudavam. Assim nasceu o CLUBE ATLÉTICO PAULISTINHA.

Com o passar dos anos e o falecimento dos dois idealizadores, o clube passou por diversas diretorias. Acumulou grandes pendências tributárias e trabalhistas somando grande monta.

Diante disso, os legítimos proprietários, houveram por bem, entrar com uma Ação Judicial, objetivando a extinção de condomínio, o que foi deferida pelo MM Juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de São Carlos.

O imóvel foi levado à leilão judicial, não havendo interessados na sua arrematação.

Vale lembrar também que o imóvel, tem limitações comercias.

Primeiro: o acesso pela rodovia Washington Luís, é irregular.

Segundo: Ele faz divisa com a UFSCar, empresa Brasilux e a São Carlos S/A.

A Brasilux não se mostrou interessada, a UFSCar somente para uma possível desapropriação, que não levou a efeito, restando apenas o interesse da São Carlos S/A, como terceira interessada e dentro de todos os trâmites judiciais, acabou adquirindo o referido imóvel.

Vale também destacar que as edificações do imóvel, encontram-se bastante deterioradas.

As instalações foram vandalizadas, com furto de quase tudo o que havia de valor comercial.

Além disso, há necessária, compensação ambiental. O imóvel fica às margens do córrego Monjolinho. Firmamos um TAC junto a CETESB e DAEE para o plantio em toda extensão da área lindeira ao córrego, onde vamos plantar árvores nativas, com margem de 35 m., ao longo de toda divisa entre a adquirente e a área adquirida.

Todo o acervo histórico que restou, como troféus, flâmulas e bandeiras, foram armazenados e embalagens de papelão e agora aguardamos possíveis interessados em manter esse acervo, para que, com ordem judicial, encaminhar para possíveis, interessados, público ou privado.

A área de possível uso, será destinada para expansão da empresa, gerando assim, maior capacidade de produção, gerando mais empregos e impostos. 

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