terça, 19 de março de 2024
Alunos mais próximos dos professores

USP São Carlos investe em novas tecnologias de ensino

As aulas remotas tornaram-se “chatas” e diante de tal quadro, universidade procurou forma de interação

18 Mai 2021 - 12h48Por Redação
“Aulas síncronas” permite melhor interação entre alunos e professores - Crédito: Divulgação“Aulas síncronas” permite melhor interação entre alunos e professores - Crédito: Divulgação

Os efeitos da pandemia da Covid-19, que desde o ano de 2020 se abateram sobre o mundo, obrigaram a alterações drásticas na vida das pessoas em todos os aspectos -  profissional, pessoal e social -, fazendo com que fossem criadas e exploradas novas formas de interação entre as pessoas, como forma de evitar a proliferação do vírus.

Com o encerramento de escolas e universidades, graves problemas surgiram na área de educação em todo o mundo e o Brasil não fugiu à regra. Um pouco por todo o país as aulas passaram a ser gravadas e transmitidas de forma remota, uma estratégia inicial que preencheu, em parte, as necessidades relativas à continuação da formação dos jovens. Com o decorrer do tempo, verificou-se que esse tipo de aulas tinha um inconveniente: a ausência da interação entre professores e alunos, algo que interferia com o próprio aproveitamento escolar dos jovens: os tradicionais power-point e imagens gravadas passaram a diminuir o interesse pela aprendizado dos alunos, enquanto os professores começaram a sentir alguma frustração por não poderem interagir minimamente com os jovens durante as aulas. Em suma, as aulas remotas começaram a ser consideradas “chatas” e sem entusiasmo para a maioria da comunidade escolar.

Para de algum modo reverter a situação, a diretoria do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) decidiu alterar esse cenário, tendo recentemente investido pesado em novas tecnologias para melhorar substancialmente a realização de aulas remotas, introduzindo o conceito de “aulas síncronas”, o que tem permitido uma melhor interação entre alunos e professores. “Com esta nova metodologia, o professor consegue utilizar a lousa “ao vivo”, explicando detalhadamente conceitos de forma mais prática, permitindo que os alunos interajam em tempo real, interrompendo as aulas em qualquer momento para colocar questões ou comentários, de alguma forma parecido com o que ocorre nas aulas presenciais”, comenta o Prof. Sebastião Pratavieira.

Da mesma forma, o Laboratório de Ensino de Física - LEF do IFSC/USP também teve um investimento apreciável em uma nova infraestrutura. “Com esta infraestrutura, o Instituto garante aos alunos, durante as aulas práticas, o acompanhamento dos experimentos que são realizados pelos professores, tirando dúvidas em tempo real, em qualquer momento”, salienta o Prof. Euclydes Marega Junior. Três câmeras de alta resolução, uma ilha de edição e monitores de TV para acompanhamento permitem agora que professores e alunos dialoguem ao vivo em tempo real no LEF.

No Grupo de Óptica (GO) do IFSC/USP foi igualmente instalada uma infraestrutura composta por uma câmera direcionada para a lousa e um monitor de TV para que o professor interaja diretamente com seus alunos, em tempo real. Nada de power-point ou imagens: tudo é feito em tempo real. Com estas novas tecnologias, já se percebe que alunos e professores se sentem mais motivados e mais próximos uns dos outros, discutindo ao vivo os conteúdos das disciplinas e dos experimentos em laboratório. (Rui Sintra - IFSC/USP)

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