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O Ministério Público de São Carlos vai investigar as condições do trecho do km 231 da Rodovia Washington Luis (SP-310), após o acidente ocorrido na manhã de ontem no pontilhão do trevo que dá acesso ao Bairro Maria Estrela Fagá, quando a enfermeira Carla Patricia Merola Pazatto de 37 anos morreu depois após cair com o veículo de uma altura de seis metros. Em janeiro deste ano dois jovens morreram da mesma forma, depois que um veículo Palio de São José do Rio Preto despencou no pontilhão.
Em entrevista ao jornal da EPTV, o promotor de Justiça, Denilson de Souza Freitas, disse que foi instaurado um inquérito civil para investigar o que está ocorrendo no trecho e para ver quais medidas podem ser tomadas para evitar novos acidentes. “Vamos colher informações com a Polícia Rodoviária, com a concessionária que administra a rodovia e com especialistas. Se houver algo errado, a promotoria pode solicitar as alterações no local”, disse.
De acordo com especialistas, o trevo não tem irregularidades e foi projetado de acordo com as normas nacionais. Mas para a segurança dos motoristas algumas mudanças poderiam ser feitas no pontilhão.
Uma mudança muito comentada é quanto às barras de contenção, que atualmente tem aproximadamente 30 metros, mas que não é suficiente para evitar uma queda no vazio entre as pontes. O ideal é que tivessem pelo menos 100 metros a mais, além de ter no vão central, outra barreira que pudesse evitar uma possível queda.
Além disso, um estudo feito pela USP São Carlos mostram a necessidade de espaços maiores do lado das pistas, a chamada área de escape, que poderia reduzir o número de acidentes e até mesmo minimizar a gravidade.
Pesquisadores da Universidade chegaram à conclusão que para um carro que trafega a 110 mm/h, seria necessário uma área de escape de pelo menos 21 metros de largura ao lado do acostamento. O estudo da USP já foi enviado ao Governo Federal.
