sexta, 26 de abril de 2024
Polícia

Tratador e garçom são indiciados por furto e receptação de gavião do Parque Ecológico de São Carlos

29 Abr 2016 - 08h10
Gavião foi devolvido ao Parque Ecológico. (foto Divulgação) - Gavião foi devolvido ao Parque Ecológico. (foto Divulgação) -

No final da manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Civil deteve um tratador de animais e um garçom e recuperou um filhote de Gavião Carijó que havia sido furtado durante o feriado de Tiradentes de um viveiro do Parque Ecológico de São Carlos. A reportagem tentou falar com a direção do parque, porém ninguém quis se manifestar sobre o ocorrido.

Segundo apuramos, na última segunda-feira (25), funcionários públicos municipais que trabalham no Parque Ecológico de São Carlos procuraram o delegado Maurício Antônio Dotta e Silva relatando que um filhote de gavião teria desaparecido misteriosamente. O funcionário ainda relatava que a ave teria sido retirada do interior de um viveiro por alguém que teve acesso as chaves de um cadeado que fechava o local.

Durante os trabalhos investigativos os policiais civis acabaram descobrindo que um funcionário público municipal de 30 anos, que exerce a função de tratador no parque era a pessoa que tinha acesso a ave. Depois de ser detido ele confessou ter vendido a ave para um garçom pelo valor de R$ 200,00.

O garçom que estuda biologia e já trabalhou no parque confessou ter comprado a ave, porém disse que pretendia cuidar dela, já que estava machucada e não estava recebendo o atendimento necessário.

O tratador de animais foi indiciado pelo crime de furto mediante confiança (por ser responsável direto de trabalhar com a ave) e o garçom, foi indiciado pelo crime de receptação. O delegado Maurício Dotta disse que ambos não seriam recolhidos ao Centro de Triagem (CT), devido estar fora do flagrante. Após prestar esclarecimentos ambos foram liberados e a ave foi restituída ao Parque Ecológico de São Carlos.

A reportagem tentou falar com o tratador, mas, o mesmo não quis comentar sobre o crime. Já o garçom concordou em falar e disse que somente teria tomado tal atitude depois de ver como a ave estaria sendo tratada no parque que passa por sérias dificuldades.

Segundo  garçom, o viveiro ficava próximo aos macacos e eles entrariam entrando em uma parte do viveiro e tentavam apanhar o filhote de Gavião para se alimentar. O garçom disse ainda que as condições do parque estariam precárias e que uma onça pintada que tem o nome de "Bumer", que deveria ser tratada com carne bovinas estaria sendo alimentada com ratazanas e por isto a estaria com feridas e corre os risco de morrer. Ele contou que tratadores de animais deveriam estar limpando viveiros, jaulas e espaços para os animais e aves, bem como preparando e levando a alimentação a animais e ao invés deste trabalho estariam capinando a mata no parque, cujo trabalho deveria ser feito por uma empresa contratada pela Prefeitura Municipal. André foi mais além e disse que dois dos seis pingüins que o parque teria morreram e ele disse que o problema de alimentação também estaria por trás dos problemas, mas, disse que ninguém comenta. O garçom que também é estudante de biologia disse que prestou serviços no Parque Ecológico de São Carlos e afirma que após a demissão do diretor Fernando, que por cerca de 25 anos administrou o parque, os problemas só aumentaram e se as autoridades de São Carlos não tomarem alguma providencia mais animais devem morrer por alimentação inadequada e maus tratos.

 

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