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Polícia

Policiais civis de São Carlos participam de treinamento em Araraquara

24 Mar 2008 - 00h04Por Redação São Carlos Agora

Policiais civis de Araraquara, São Carlos, Porto Ferreira e São Joaquim da Barra que formam antigos e novos Grupos de Operações Especiais (GOEs) no interior de São Paulo, participaram de um treinamento com o uso de munição real do Close Quarters Battle (CQB), nome dado a treinos táticos em lugares fechados. Em duplas os policiais tinham, em média, dois minutos para identificar seqüestradores e salvar um refém.
Para o delegado Hugo Anselmo Ravagnani, chefe das delegacias especializadas e do GOE de São Joaquim de Barra, além de instrutor do Grupo e professor de gerenciamento de crise e treinamento tático da Academia da Polícia Civil com cursos na Swat e FBI, o GOE é hoje umas das principais ferramentas da polícia no combate ao crime. Ele, inclusive, vem treinando os núcleos regionais e detectou muitos erros.
"Os treinos são importantes para apresentar as falhas e não repeti-las na vida real", afirmou o delegado. O local encontrado para o treino, segundo o próprio delegado, era sinistro. O circuito foi montado em galpão escuro abaixo de um barracão de uma antiga estação na zona rural de Araraquara.
Para acompanhar o treinamento só obedecendo, inclusive, regras de segurança como a utilização de colete a prova de balas, óculos e protetor auricular. Policiais montaram os cômodos e espalharam alvos de bandidos, no entanto, alguns armados e outros desarmados. "Aqueles que estiverem sem a arma é preciso haver negociação e não tiro", avisa o instrutor.
Durante o treino erros foram detectados. Policiais esqueciam de alvos e, em meio a adrenalina, erravam os tiros. Já o escrivão da DIG, Paulo Sérgio Boldrin, há 18 anos na função, procurava entender porque errou um tiro. "Eu apoiei errado a arma e ela balançou". Houve quem descarregou a arma e ficou sem munição. O castigo era pago em flexões.
Esse foi o quarto treinamento dos núcleos de Araraquara e São Carlos. Nos primeiros as aulas foram de uso de tonfa, abordagem pessoal, em veículo e revista. Os próximos treinos antes da conclusão serão de operação em altura, de inteligência e invasão de ônibus.

Cláudio Dias/Tribuna Impressa

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