sábado, 27 de julho de 2024
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Polícia Civil continua investigado quadrilha que furtava caminhonetes e caminhões em São Carlos e região

27 Fev 2015 - 09h58
Delegado de Matão segue investigando quadrilha que atuava em São Carlos e Região. - Delegado de Matão segue investigando quadrilha que atuava em São Carlos e Região. -

A Polícia Civil de Matão segue investigando a quadrilha que tinha seu quartel general instalado na região leste da cidade de São Carlos e nas proximidades de um posto de combustíveis, às margens da rodovia Washington Luís onde caminhões que estariam sendo adulterados para revender como veículos “quentes”.

A quadrilha era muito bem estruturada com gerentes e caranguejeiros e se interligava entre os municípios de São Carlos, Araraquara, Matão, Ibaté, Motuca, Brotas e Rio Claro. Segundo a polícia muitos caminhões e caminhonetes teriam sido adulterados e já comercializados. Outros teriam sido desmontados e suas peças foram vendidas em comércios de desmanches clandestinos.

O delegado Marlos Marcuzzo que está à frente dos trabalhos informou que um quinto volume de um extenso inquérito policial foi aberto e a Justiça Criminal de Matão revogou a prisão temporária de 13 pessoas das cidades de São Carlos, Matão, Araraquara, Ibaté e Brotas, que fariam parte de um forte esquema de furtos e roubos de caminhões, caminhonetes e outros veículos.

Durante a “Operação Desmanche” a Polícia Civil apreendeu no Jardim Tangará em São Carlos seis caminhões, com placas de São Carlos, Ribeirão Preto, São Simão, Monte Alto, e Teresina/PI, além de uma caminhonete Saveiro, um Honda Civic e até um guincho que o bando usava para despistar policiais rodoviários de vários municípios.

Até rádios comunicadores na frequência da Polícia Militar eram usados pela quadrilha para saber de operações da PM e com isto desviar a rota. Segundo os policiais alguns veículos furtados foram transportados no guincho apreendido em São Carlos e com isto a quadrilha montava um forte esquema de leva e trás de carros roubados e furtados na região.

O delegado informou que a partir de novembro de 2014 a Polícia Civil começou a montar um enorme quebra cabeça e conseguiu identificar os principais articuladores da quadrilha. Apontado com um dos homens forte do bando, um comerciante são-carlense de nome Laerte, é apontado como a pessoa que faria a revenda de caminhões e caminhonetes já adulteradas e seria ele que articulava os marginais de São Carlos. Marcuzzo disse que o são-carlense se apresentou com seu advogado na Polícia Civil de Matão e negou todo seu envolvimento dizendo que não sabia do que estaria sendo acusado, porém mesmo assim foi ouvido no inquérito e indiciado pela participação na quadrilha.

RAIO DE AÇÃO 

O Inquérito Policial (IP) que apura os negócios da quadrilha e seus receptadores deverão em breve ser encaminhados ao Ministério Público Estadual e Justiça Criminal com representações de outras dezenas de prisões uma vez que na semana retrasada Marcuzzo esteve em São Carlos e Rio Claro ouvindo e indiciando outras pessoas que colaboraram de uma forma ou de outra com a quadrilha.

APREENSÕES

A Polícia Civil recolheu e vem realizando analises sobre diversos caminhões, caminhonetes, veículos, além de dezenas de telefones celulares, pendrives, módulos para veículos, livros e cadernos com nomes de diversas pessoas e empresas, além de chaves de veículos, ferramentas preparadas para arrombamento, jogos de ponteiros, pinos de remarcação de chassis, computadores, CPUs, maleta com aparelho de raster automotivo, caixa com cinco gavetas com micro chip para confeccionar chaves para veículos de diversas marcas e modelos, cabos de conexões automotivas, aparelho para programação de chaves, e vários rádios comunicadores (HT). O delegado Marlos Marcuzzo disse que os fatos estão sendo apurados e que a quadrilha conta com muitos colaboradores e todos estão sendo identificados e ao final do processo terão suas prisões requeridas.

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