
No início da noite desta terça-feira (18) o juiz Victor Trevisan Cove, da Vara única de Ribeirão Bonito decretou a prisão preventiva dos acusados de matar a tiros o prefeito de Ribeirão Bonito, Chiquinho Campaner, no dia 26 de dezembro do ano passado.
O empresário Manoel Bento Santana e Cícero Alves Peixoto foram presos após investigações da Polícia Civil de São Carlos e Ribeirão Bonito. Eles estavam presos temporariamente e agora permanecerão na prisão até o julgamento.
Segundo o delegado Geraldo Souza Filho, que junto com o delegado Reinaldo Lopes Machado, comandou as investigações, a emboscada tinha o único objetivo de exterminar Chiquinho por conta de uma licitação de transporte público escolar. Manoel Bento era quem oferecia o serviço à Prefeitura e teria se revoltado com uma nova licitação programada por Chiquinho e ambos desde 2018 vinham se desentendendo.
As investigações apontaram ainda que o vigilante Cícero Alves Peixoto teria sido contratado por Manoel para dirigir um Honda Fit, com placas de São Paulo, para emboscar o prefeito. Chiquinho foi morto quando dirigia um Chevrolet Onix da Prefeitura Municipal, na área rural do município. O inquérito policial aponta que Manoel foi quem atirou. O chefe de gabinete, Edmo Gonçalo Marchetti e o empresário Ariovaldo Santarosa, que também estavam no carro foram atingidos, mas sobreviveram.
Para a advogada Fabiana Carlino Luchesi, Cícero era apenas amigo do empresário suspeito, tinha conhecimento de que o prefeito seria assassinado quando veio para Ribeirão Bonito e não recebeu nenhum valor para participar do crime. “Ele é co-autor do crime, mas não cometeu nenhum ato de execução”.
HOMENAGEM
No dia 28 de janeiro os policiais que participaram da investigações foram homenageados pelo governador João Doria (PSDB). Eles receberam o certificado Policial Nota 10.