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Polícia

Exclusivo: jovem que foi atropelada na Washington Luis pode ter sido assassinada

17 Fev 2015 - 09h38
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Um caso que inicialmente foi registrado na madrugada do dia 19 de janeiro como atropelamento com vítima fatal poderá se transformar em mais um homicídio doloso (morte com intenção). A Polícia Civil tenta montar um quebra cabeça para tentar localizar um homem que teria assassinado a balconista Simone Aparecida de Moura, 26, que teve seu corpo desovado na rodovia Washington Luís (SP-310) com sinais de atropelamento, porém a Polícia Civil vem concluindo as investigações e já tem indícios de um assassinato por conta de uma suposta dívida com o narcotráfico na região oeste de São Carlos.
A equipe de investigadores do 5º Distrito Policial que estava cuidando do caso conseguiu encontrar testemunhas que concordaram em falar sobre o que teriam visto no final da noite do dia 18 de janeiro e na madrugada do dia 19, uma segunda-feira, quando o cadáver foi localizado por policiais rodoviários nas margens da rodovia que liga São Carlos a Ibaté.

ATROPELAMENTO

Na madrugada do dia 19 de janeiro, motoristas que transitavam pela rodovia Washington Luís, alertaram a Polícia Militar Rodoviária sobre o corpo de uma mulher que estaria em uma das pistas ao lado do acostamento na região de entrada do Banco da Terra, localizado no quilometro 242+500 metros (sentido São Carlos/Ibaté). Ao chegar ao local com uma viatura da concessionária Triângulo do Sol, os rodoviários constataram que aquela mulher não portava qualquer documento que a identificasse. A mulher então, desconhecida trajava blusa rosa e bermuda Jeans na cor azul. Um detalhe que chamou atenção era que a garota apresentava a tatuagem de uma rosa na perna esquerda.

GESTAÇÃO

Os policiais rodoviários comunicaram ao Plantão da Polícia Civil sobre um atropelamento fatal e além de policiais civis, peritos do Instituto de Criminalística (IC) também seguiram para o local e nos levantamentos médicos suspeitou-se que a garota poderia ser uma gestante que posteriormente foi descartada esta hipótese através de exames de necropsia. Ainda naquela madrugada os policiais civis concluíram que a garota teria sido atropelada e que o veículo teria desaparecido sem prestar qualquer socorro a vítima.

IDENTIFICAÇÃO

Após análises primárias o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), onde médicos legistas e auxiliares de necropsia realizaram toda perícia no cadáver da jovem que acabou sendo identificado por uma familiar como sendo da balconista Simone Aparecida de Moura, 26, que teria residência na cidade de Ibaté, porém estaria morando em um ponto do Santa Felícia, onde também estaria trabalhando em um bar. Após a identificação do corpo que ocorreu na manhã do dia 20 através do 5º Distrito Policial, o delegado Maurício Sponton Rasi assumiu os trabalhos e determinou que sua equipe de investigadores fosse a campo e descobrisse como teria ocorrido o acidente (atropelamento), bem como quem seria o causador da morte de Simone, que deixou dois filhos menores que não residiam com ela.

VEÍCULOS E DROGAS 

Nos trabalhos investigativos do 5º DP os policiais civis ouviram pessoas na região do bairro Santa Felícia que concordaram em falar sobre Simone e sua vida. Estas testemunhas revelaram que na noite do dia 18 de Janeiro, por volta das 23 horas, a balconista teria deixado o bar onde trabalhava na companhia de um homem que ocupava um veículo, prata, cujas placas não teriam sido anotadas. Já pelo início da madrugada do dia seguinte, a jovem teria sido vista desembarcando do veículo prata na região do Parque Faber e nas proximidades da avenida Bruno Ruggiero, teria sido abordada por outro homem, ocupando um veículo escuro, que aparentava conhecer Simone que embarcou no automóvel e simplesmente desapareceu.

INTRIGA

Pela manhã ao tomar conhecimento através dos noticiários policiais de rádios e pela internet, amigos teriam comentado que Simone, teria tido um fim trágico devido as drogas, porém a partir daquele instante todos pararam de falar sobre o suposto crime que ainda está sendo apurado. Maurício Rasi ouviu testemunhas que vem sendo mantidas em sigilos, bem como recebeu os laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (ILM) que apontam que o caso teria sido um atropelamento, porém um detalhe que intriga a polícia é que o cadáver teria sido arrastado na altura da bacia e pernas, locais que apresentavam vários ferimentos e segundo os levantamentos apontam, pode ser que ao ser arrastada Simone, poderia já estar deitada ou até mesmo desfalecida. Após todos estes levantamentos e juntadas de laudos e testemunhos o delegado Maurício Sponton Rasi, comunicou o fato ao delegado Wilton Gonçalves Garcia Filho da Delegacia de Polícia Civil de Ibaté, que a partir desta semana assume as investigações para concluir o misterioso caso.

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