sábado, 20 de abril de 2024
Polícia

Enteada acredita que madrasta vítima de 31 assaltos estaria sofrendo da síndrome de Estocolmo

Mulher já foi agredida e quase foi violentada pelo assaltante.

22 Mai 2015 - 09h24
1º DP já está investigando o caso. (foto Arquivo) - 1º DP já está investigando o caso. (foto Arquivo) -

O 1º Distrito Policial já está investigando um caso de roubos a residência em que uma idosa de 77 anos estaria a seis meses sofrendo uma sequencia de pelo menos cinco assaltos ao mês, cujos crimes tiveram início em dezembro de 2014 e na noite do natal daquele ano ela teria ficado por sete horas amarrada e o ladrão roubou vários pertences da residência localizada na Vila Elizabeth.

TELHADO

A vendedora de 42 anos disse em entrevista exclusiva ao SCA que após a morte de seu pai sua madrasta passou a viver sozinha e guarda em casa sua aposentadoria e a pensão deixada pelo esposo.

O ladrão age nas madrugadas e entra pelo telhado. Segundo a enteada, o telhado já foi destruído e consertado por diversas vezes. O marginal que já foi visto por vizinhos e até pela vendedora que chegou a agarrá-lo, mas ele conseguiu se soltar e desapareceu sem ser identificado.

ÚLTIMO ATAQUE

O último ataque ocorreu na madrugada da última quarta-feira (20), quando o marginal escalou novamente o telhado e de faca nas mãos invadiu a casa e tomou a idosa de assalto. Após fazer ameaças roubou vários gêneros alimentícios e eletroeletrônicos da moradia e desapareceu.

Pela manhã os familiares foram novamente avisados pela idosa e a tarde a enteada disse que com muito custo conseguiu levar a madrasta até o 1º Distrito Policial e segundo ela este foi o último dos 31 assaltos que a idosa sofreu. "Tem pessoas que não acreditam nesta história e imaginam que a família não cuida dela, porém nós já tentamos fazer com que ela registrasse ocorrências, mas, ela se nega. Já tentamos alugar outra casa para que ela viesse a ficar mais próximo da família em segurança e ela se nega. Ela também não quer que ninguém fique com ela ou passe a morar com ela. Então não sabemos mais o que fazer porque ela é lúcida e já procurei meu advogado que disse ser praticamente impossível interditá-la para tenta preservar sua vida antes que alguma mal maior lhe aconteça", declarou a afilhada que pede para a polícia prender o marginal o mais rápido possível.

Segundo a vendedora, o assaltante nestes cinco meses de assaltos já levou de tudo que se pode imaginar e o pior: levou aproximadamente R$ 15 mil em dinheiro que seria parte das economias e um empréstimo que sua madrasta teria feito.

Nos últimos meses os crimes passaram a ser mais violentos, pois o assaltante agrediu a idosa fisicamente e psicologicamente e já tentou violentá-la, além de promover maus tratos.

Os familiares acreditam que em decorrência do tempo em que a casa é assaltada e a idosa é submetida a agressões e ameaças ela pode ter adquirido a síndrome de Estocolmo, pois em alguns momentos ela diz ter pena do assaltante e se nega a dar detalhes do marginal, bem como em outros ela fala com raiva do ladrão e pede para matá-lo e em outra oportunidade pede para os familiares deixá-la em paz, pois um dia o ladrão deverá se cansar.

ESTOCOLMO 

Enteada acredita que madrasta está sofrendo de síndrome de estolcomo. (foto Internet)Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico particular em que uma vítima é submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. No mês de agosto de 1973, dois assaltantes invadiram um banco na cidade de Estocolmo na Suécia e com a chegada de policiais a dupla fez de reféns quatro pessoas que ficaram com seus sequestradores por seis dias no interior da agencia bancária e para sair todos se postaram defronte seus sequestradores culpando a polícia pelo tempo do assalto. Uma das vítimas ainda criou um fundo para seus sequestradores, com o intuito de ajudá-los nas despesas judiciais.

ASSALTANTE

A polícia já sabe que o assaltante seria moreno, magro, tem aproximadamente 1,85 m, possui cavanhaque e sempre usa boné. A enteada afirma que contou os assaltos contra a madrasta e diz que são realmente 31 e tudo foi informado à Polícia Civil, que agora tenta localizar o criminoso.

Áudio: ouça a entrevista com a enteada

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