Policiais do 1º Distrito Policial após trabalhos investigativos, começou a identificar na manhã desta quinta-feira, 3, vítimas de três mulheres de 42 e 46 anos acusadas de aplicar golpes em estabelecimentos comerciais de São Carlos.
Duas delas, donas de casa de 42 anos, foram detidas na manhã de terça-feira, 1, e encaminhadas ao 1º Distrito Policial e reconhecidas por uma das vítimas que denunciou o caso ao delegado Maurício Antônio Dotta e Silva.
Segundo a autoridade policial, o trio acusado dos crimes será chamado a partir da próxima semana para depoimentos.
BUSCAS
Dotta e Silva afirmou ao São Carlos Agora que nesta semana após tomar conhecimento do crime e ouvir policiais que encontraram vítimas das falsárias, solicitou mandados de busca e apreensão em casas instaladas nas ruas Basílio Dibbo e República do Líbano no Jardim Cruzeiro do Sul. Com apoio de policiais militares seus investigadores e escrivães encontraram e apreenderam bolsas femininas, calças, blusas femininas, jaquetas femininas de várias cores e modelos, frascos de shampoos, condicionadores para cabelos, cremes hidratantes, caixas de sabonetes, sabonetes líquidos, além de dezenas de perfumes e desodorantes de diversas marcas que eram adquiridos no comércio de São Carlos.
Segundo a polícia não eram pagos pelas falsárias que davam seus nomes, porém os dados que informavam sobre documentos, endereços e profissões eram falsos.
Dotta e Silva disse ainda que as falsárias premeditavam os crimes e sempre apresentavam uma história que comovia as vítimas e davam referências de pessoas que os comerciantes conheciam.
ESTELIONATO
O delegado diz que todas serão indiciadas pelo crime de estelionato (artigo 171 do Código Penal Brasileiro). Existe a possibilidade do trio responder pelo crime em liberdade. Grande parte dos produtos foi apreendido e deverão ser devolvidos aos comerciantes.
VÍTIMA DESMAIA
No início da tarde desta quinta-feira duas comerciantes estiveram no 1º DP e ao observar o material apreendido, uma delas, de 63 anos, passou mal e teve que ser amparada por amigos ao ver seus produtos que foram levados em frações pelas falsárias.
Ela concordou em falar com a reportagem após se restabelecer e disse que grande parte dos produtos que estariam em uma das salas do distrito lhe pertencia.
Nervosa, foi liberada para ser medicada e posteriormente seria ouvida e estaria com uma relação do que teria perdido e que foi avaliado em aproximadamente R$ 7 mil.
Outra comerciante também foi ouvida e disse que o golpe contra ela foi bem menor, mas pede providências à polícia e a Justiça no cumprimento da lei.