sábado, 27 de abril de 2024
Polícia

DIG encontra arma que matou “Bochecha” na vila Prado e novamente ouve “Dodo” que reafirma legítima defesa

19 Mai 2015 - 16h24
"Dodo" alegou legitima defesa. (foto divulgação) - "Dodo" alegou legitima defesa. (foto divulgação) -

No final da tarde de segunda-feira (18) a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) conseguiu localizar na região central da cidade a arma que o serviços gerais Douglas Henrique Machado Daniel, 23, o "Dodo", usou para matar o ex-presidiário Anderson Luiz Couto, 24, o "Bochecha", no início da tarde do último dia 7 na vila Prado.

Douglas que se apresentou com seu advogado na última quinta-feira (14), prestou seu primeiro depoimento ao delegado Gilberto de Aquino, confessando o crime, dizendo que teria agido em legítima defesa e que não teria certeza de onde jogou a arma usada para matar "Bochecha".

"TALARICO"

"Dodo" alegou que todo entrevero teve início na noite do último dia 5, quando após deixar o trabalho caminhava pela rua Um, no bairro Antenor Garcia na região sul de São Carlos, onde teria se defrontado com "Bochecha", que passou a ofendê-lo, pois tanto ele quanto Anderson teriam um filho com a mesma mulher.

Ele disse "Bochecha" passou a chamá-lo de sem vergonha e "Talarico" (na gíria do mundo do crime é a pessoa que sai com a mulher do outro). O rapaz contou que naquela noite seguiu para sua moradia e perto de um fusca de seu vizinho "Bochecha" teria sacado de uma arma de fogo e atirou contra ele por diversas vezes, não conseguindo acertá-lo.

COMPRA DA ARMA

Arma usada pelo criminoso foi localizada pela DIG. (foto Divulgação)Segundo Douglas, no dia seguinte comprou de um desconhecido um revólver calibre 22, com munições pagando a quantia de R$ 400,00. No início da tarde do dia 7, alega que acompanhado da esposa e do filho menor se dirigiu a uma agência bancária no centro da cidade e no ônibus que estava encontrou "Bochecha" que teria dito que gostaria de falar com ele.

 Ao chegar em um ponto na região de um Parque infantil de vila Prado, "Dodo" alega que pediu para esposa resolver o problema no banco e entregou o filho que estava em seus braços e disse que iria desembarcar para acertar a conversa com "Bochecha".

Já armado com o revólver calibre 22 na cintura ele desceu e ao se defrontar com Anderson, disse que novamente foi chamado de "Talarico". Ao perceber que o desafeto havia colocado a mão em uma pacote que tinha debaixo de um dos braços sacou sua arma e ainda nas proximidades do banco desferiu dois tiros contra Anderson, que mesmo atingido saiu correndo com destino a rua Quintino Bocaiuva.

"Bochecha" correu atrás de Anderson e ainda na avenida Sallum foi atropelado por um veículo, mas se levantou e seguiu correndo atrás da vítima e atirou outras duas vezes.

Ao se aproximar de Anderson, Douglas alegou que ele tentou arrancar sua arma e ele desferiu uma coronhada na cabeça de "Bochecha", que tombou morto no local. Ele disse que agiu sozinho e reafirma que não há qualquer veículo envolvido no crime.

No final da tarde de segunda-feira, os investigadores da DIG estiveram na região da linha férrea na rua General Osório, no Centro de São Carlos, onde apreenderam o revólver, calibre 22, sem a coronha que segundo "Dodo" teria quebrado na cabeça de "Bochecha". Uma outra arma cromada, que não teria relação com o crime também foi apreendida pela DIG no mesmo local.

Como segue sobprisão temporária por 15 dias o serviço geral foi novamente encaminhado para o Centro de Triagem (CT), onde aguarda as conclusões das investigações e o parecer do Ministério Público e Poder Judiciário.

 

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