terça, 23 de abril de 2024
Polícia

DIG conclui investigação de execução em bar no Aracy

Segundo a polícia, crime ocorreu por causa de ponto de venda de entorpecentes.

01 Set 2015 - 10h56Por Pedro Maciel e Marcos Escrivani
Rodrigo Riciati foi morto dentro do bar onde trabalhava no Cidade Aracy. (foto Reprodução Facebook) - Rodrigo Riciati foi morto dentro do bar onde trabalhava no Cidade Aracy. (foto Reprodução Facebook) -

A investigação de uma execução ocorrida no dia 21 de julho, no interior do bar da Gilda, na avenida Vicente Laurito, no Cidade Aracy I, foi concluída na tarde desta segunda-feira, 31, pelo delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Gilberto de Aquino.

No estabelecimento, Rodrigo José Riciati, 25, o "Magrinho", foi morto com 4 tiros. Os assassinos teriam baleado um homem de 23 anos e antes de deixar o bar, um dos criminosos roubou o caixa.

Investigações apontavam que a morte de "Magrinho" teria sido 'encomendada', já que traficantes rivais a Leandro Bernardo de Souza, o "Negão ou Leandrão", estariam furiosos com a morte de Weslei Marques da Silva, 17, o "Pit Bull", que trabalhava para Edilson Pereira, o "Dilsão". 

Aquino informou ainda que, após a prisão de 13 integrantes de uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC), pequenos traficantes passaram a realizar uma verdadeira "guerra" para assumir o comando do tráfico principalmente na região sul de São Carlos.

EXECUÇÃO DE MAGRINHO

Delegado Gilberto de Aquino em bar onde ocorreu o crime. (foto Luciano Lopes)Na noite do dia 21 de julho, por volta das 21h30, uma dupla em uma motocicleta escura pararam em frente ao bar da Gilda, na rua Vicente Laurito, no Aracy I e o garupa teria levantado a viseira e gritado "quem é o Rodrigo".

Neste instante Rodrigo José Riciati, 25, o "Magrinho" que estava ao lado do balcão disse "eu sou o Rodrigo". O garupa entrou, sacou sua arma atirou no rosto de Rodrigo, que tentou a fuga em direção aos fundos do bar, acompanhado de uma balconista. O segundo ocupante da moto também entrou no bar e pulou o balcão roubando do caixa aproximadamente R$ 50,00 e seguiu o comparsa que desferiu outros quatro tiros que atingiram Rodrigo nos braços, tórax, quando estava tentava se esconder em um quartinho. A balconista recebeu um tiro nas costas.

Após os disparos o piloto e garupa fugiram. Familiares e populares socorreram o casal, porém Rodrigo morreu ao dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Aracy. Sua namorada foi transferida para Santa Casa e após passar por cirurgia ficou internada e sobreviveu.

Durante as investigações a DIG concluiu que o mandante do crime teria sido o traficante Edilson Pereira, o "Dilsão ou Brother", bem como teria apurado que o executor de Magrinho teria sido Sillas Silva de Lima, o "Alfameq" e o piloto da moto e o homem que teria roubado R$ 50,00 do caixa do bar, teria sido Wilson Alvin de Meneses, o "Nego". "Dilsão ou Brother" negou a autoria do assassinato e que estaria envolvido no crime, bem como os demais.

Também ouvido, Alfameq disse que conhecia as vítimas e não teria participado da execução e não teria motivo para isto. Já "Nego" não foi localizado.

Aquino informou ainda que encaminhou o Inquérito Policial com todas as provas necessárias e depoimentos sobre a noite do crime, bem como representou junto ao Ministério Público Estadual (MPE) e Poder Judiciário pela prisão preventiva do trio.

MAIS EXECUÇÕES

Duas pessoas foram mortas no dia 1º de julho e segundo a polícia crimes teriam relação.Segundo a DIG esta execução teria sido a última ligada a um crime ocorrido na madrugada do 1º de julho quando a quadrilha liderada pelo o pintor Leandro Bernardo de Souza, 29, o "Negão ou Leandrão", invadiu a moradia do auxiliar de limpeza Donizeti Pereira Carvalho, 53 anos, que teria chegado do trabalho e estava dormindo com a esposa em sua residência localizada na avenida Marizete Terezinha Santiago de Santi e foi executado por engano.

Após deixar aquela casa "Leandrão" e seu bando que estaria usando o Gol, prata e o Monza SL/E, 93, azul, seguiu para rua Atília Pratavieira, no Aracy I e após invadir outra casa correu para o banheiro onde se abrigaram o Weslei Marques da Silva, 17, alcunhado por "Pit Bull", que foi executado a tiros e foram baleados também um gesseiro de 24 anos, o laminador de 44 e outros três homens sofreram pequenas lesões.

No Gol em que estava parte do bando que foi localizado por policiais militares e no carro havia um revólver da marca INA, calibre 32, com numeração aparente, dois capuzes pretos, dois coletes balísticos das marcas CBC e Glagio do Brasil da empresa Security que presta serviços de vigilância em agências bancárias, os quais foram adulterados com a inscrição "Polícia Civil". Naquele veículo foram presos: o pintor Leandro Bernardo de Souza, 29, o "Negão ou Leandrão", o gesseiro Alan Marques Santezi, 31, e Marcos Fonseca de Lima, 32. Durante toda madrugada de pela manhã o delegado Gilberto de Aquino e toda sua equipe além de uma equipe da Polícia Militar conseguiram prender também no Maria Stela Fagá, região leste da cidade: o pensionista Waldir Monteiro Pinho, 28, o "Nenê", o qual foi apontado como sendo o homem que estaria no volante do Monza que foi abandonado na no bairro Presidente Collor e o pintor Jonas Leandro Lima, 27.

Nas investigações a DIG também apurou que o presidiário Robson Januário de Moura, 27, o "Robinho" antes da chacina teria tentado executar José Roberto Lemos, o "Nem" no bairro Presidente Collor, cujas investigações apontaram ele seria um dos lideres do tráfico de drogas na região do bairro Presidente Collor e seria o maior rival de outro traficante identificado como sendo Edilson Pereira, o "Dilsão", cujo traficante montado um comando paralelo e tinha a intenção de assumir após a prisão dos integrantes do PCC todo comando da droga na área sul da cidade, principalmente na Cidade Aracy.

"Robinho" ainda segue procurado e com prisões temporárias e preventivas decretadas pela Justiça Criminal de São Carlos, por fuga de preso, homicídio e tentativa de homicídio.

 

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