quinta, 25 de abril de 2024
Polícia

Caso Larissa: testemunhas começam a ser ouvidas pela Polícia Civil

29 Jan 2016 - 06h06Por Pedro Maciel
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) passou a ouvir nesta semana, testemunhas e familiares da adolescente Larissa Alves, 15 anos, encontrada enforcada na noite de domingo, 17, no arquivo da empresa em que trabalhava na rua Major José Inácio, no Centro.

O delegado Edmundo Ferreira Gomes que está a frente dos trabalhos, disse que solicitou vários laudos, inclusive o de grafotécnico na carta que teria sido deixada pela adolesceste. Segundo o delegado o exame consiste em saber se a adolescente realmente teria escrito a carta em latim.

Gomes disse ao São Carlos Agora que, em um primeiro exame de grafia, aparenta que a carta teria sido escrita em duas mãos (com letras diferentes), porém diz que a princípio pode ter sido Larissa a autora mas, em circunstancia psicológica diferente. Ele também disse que o documento está sendo traduzido do latim para o português para que a Polícia Civil possa saber o seu conteúdo e se está endereçado a parentes ou pessoas próximas.

O delegado que responde interinamente pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) disse que este caso é triste e ao mesmo tempo raro. Um desafio diferente e a Polícia Civil que toma toda cautela nas apurações, pois tem circunstâncias que necessita ser apuradas a fundo.

SEITA 

Sobre a morte de Larissa ter sido em decorrência de um envolvimento com uma possível seita, o delegado apenas disse que espera os laudos e as investigações para dar um parecer sobre o que teria realmente ocorrido com a menina. "Por mais relação que a gente tire, por mais presunção que a gente tenha, por mais comentários que se faça, isso tudo não tem relevância enquanto a perícia não definir o que houve. O que podemos dizer até o momento é que esta situação tem contorno de suicídio e está sendo investigada".  

ENCONTRO DO CORPO

Larissa foi encontra enforcada no arquivo da empresa onde trabalhava (foto Divulgação)Na noite de domingo, 17, por volta das 19h15, com auxilio de uma funcionária do escritório de uma empresa, localizada na rua Major José Inácio, a polícia encontrou a adolescente, que trabalhava com menor aprendiz e ocupava a função de auxiliar administrativa enforcada no arquivo na empresa embaixo de uma escada.

Nos levantamentos policiais e periciais, apurou-se que sobre uma mesa, próximo ao corpo havia uma carteira de passe de transporte coletivo, a carteira de identidade da menina, uma nota de R$ 2, um caderno com bilhetes, além de várias fotografias. Ao lado a carta escrita latim, um celular, branco e uma camisa de manga longa jeans azul.

Nas investigações realizadas até o momento os policiais civis apuraram que no dia 15 último, familiares estiveram no plantão da Polícia Civil registrando o desaparecimento de Larissa e que no dia 13, teria ocorrido uma discussão familiar devido ter os responsáveis ter encontrado algo na bolsa da menina. No final da tarde do dia 15, Larissa que sempre regressava a residência por volta das 18h, não mais apareceu e não mais atendeu ao celular. Na noite de domingo conversando com os familiares e tentando ajudar a encontrar a adolescente uma bibliotecária de 39 anos, que trabalhava com Larissa, teve a idéia de procurá-la na empresa acreditando que ela poderia ter se abrigado naquele local, pois, como funcionária também teria as chaves do escritório e naquela noite ao seguir para empresa a bibliotecária encontrou o corpo da colega de trabalho enforcado no arquivo em que trabalhava. O caso segue investigado pela DDM que nas próximas semanas deve receber parte dos laudos que devem apontar para real causa da morte da adolescente de 15 anos que teria sido a terceira vítima de suicídio neste primeiro mês de 2016 em São Carlos.

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