Na manhã desta segunda-feira (7) a Polícia Civil concluiu as investigações sobre o suposto sequestro de um auxiliar de serviços gerais de 29 anos que alegava ter ficado cerca de 10 horas nas mãos de ladrões que levaram todo seu dinheiro sacado em um caixa eletrônico na avenida Dr. Teixeira de Barros. Sabendo que os investigadores do 2º Distrito Policial estavam a sua procura e já teriam estado em sua moradia e em locais que costumava frequentar o auxiliar compareceu na delegacia e inicialmente sustentou a história que teria sido levado por criminosos.
SEQUESTRO
Ouvido pelos investigadores e pelo delegado Walkmar da Silva Negré o auxiliar de serviços gerais afirmava que na tarde do dia 30 de junho teria sacado cerca de R$ 940,00 de um caixa eletrônico e após deixar o local teria sido abordado por dois homens que ocupavam um Gol e o passageiro com uma arma anunciou o assalto e o colocou no carro. A partir daí ele foi mantido refém, inclusive teria tido as mãos amarradas e havia recebido uma coronhada na cabeça para entregar o dinheiro. Ainda segundo a versão de F.D.V., pela madrugada do primeiro dia deste mês, por volta das 2 horas teria sido levado de volta para a avenida, onde acabou sendo liberado. Ele disse que estava com muito medo e procurou a Polícia Militar que o encaminhou ao Plantão da Polícia Civil, onde o crime de roubo com retenção de vítima (sequestro relâmpago) foi registrado.
CONFISSÃO
Os investigadores do 2º DP após ouvirem atentamente toda história apanharam o auxiliar de serviços gerais e o colocaram na viatura policial para que ele indicasse os possíveis locais que teria estado com os sequestradores. Neste momento ele disse aos policiais civis que gostaria de confessar a verdade e que tudo não passava de uma grande história que ele teria inventado para o desaparecimento do dinheiro. Diante dos fatos F.D.V. foi levado à presença do delegado Walkmar e novamente foi ouvido e desta vez ele narrou a autoridade policial que na tarde do dia 30, teria estado em uma casa lotérica localizada na avenida Dr. Teixeira de Barros, próximo ao colégio Jesuíno de Arruda e teria usado seu cartão cidadão para sacar R$ 940,00 em dinheiro referente a seu seguro desemprego. Com o dinheiro nas mãos ele teria deixado a casa lotérica e resolveu dar umas voltas pela cidade e teria usado o dinheiro para beber e se divertir. Já no final da noite percebendo que teria gasto todo seu seguro desemprego que seria usado para pagar algumas contas em atraso resolveu montar a história do “falso sequestro”, para dizer à família que teria sido roubado e com isto não seria repreendido.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME
Diante da confissão e do esclarecimento do falso sequestro, o delegado Walkmar da Silva Negré após retificar toda história contada em Registro Digital de Ocorrência (RDO) pelo auxiliar de serviços gerais, o advertiu e o indiciou pela “falsa comunicação de crime” – artigo 340 do Código Penal Brasileiro.