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Qualidade de Vida

Choque Anafilático (reação alérgica)

27 Set 2018 - 07h00Por (*) Paulo Rogério Gianlorenço
Choque Anafilático (reação alérgica) -

O choque anafilático, também conhecido como anafilaxia, é uma reação alérgica grave que surge poucos segundos, ou minutos, após estar em contato com uma substância a que se tem alergia, como camarão, veneno de abelha ou alguns medicamentos. O choque anafilático é a forma mais grave de reação de hipersensibilidade, desencadeada por diversos agentes como drogas, alimentos e contrastes radiológicos.

Uma vez que o corpo é exposto a substâncias que considera ser perigoso, ele ativa seu sistema imunológico responsável por produzir anticorpos. Entretanto, algumas pessoas têm uma reação exagerada desses anticorpos, o que acaba causando a anafilaxia.

Os sinais e sintomas podem ter início após segundos à exposição ao agente ou até uma hora depois. O quadro típico é o de colapso cardiorrespiratório em poucos minutos.

A avaliação e o tratamento imediatos são fundamentais para evitar a morte.

Devido à gravidade dos sintomas e ao risco aumentado de ficar sem conseguir respirar, é importante iniciar o tratamento o mais rápido possível para evitar colocar em risco a vida da vítima. Deve-se chamar imediatamente uma ambulância, ligando o 192, manter a calma e deitar a vítima de lado, caso desmaie.

A anafilaxia pode ser causada por diversos tipos de substâncias que, quando entram em contato com o corpo da pessoa, mesmo que seja em pequenas quantidades, se desenvolve rapidamente. As reações mais comuns são causadas por alimentos, insetos e medicamentos.

PRINCIPAIS CAUSAS

Venenos: abelhas, marimbondos, vespas, qualquer inseto pode provocar uma reação alérgica, porém a maioria dos casos é causada por abelhas e vespas.

Medicamentos: alguns antibióticos, como a penicilina, alguns antiinflamatórios como dipirona, ibuprofeno, aspirina, anestésicos, contrastes contendo iodo, os contrastes de raios-X, ressonância magnética, insulina, entre outros.

Alimentos: camarão, mariscos, frutos do mar, amendoim, soja, ovos, leite, dentre outros, as crianças estão mais propensas a desenvolver uma crise alérgica por comida.

Látex: é uma substância contida em equipamentos médicos, luvas, preservativos e balões de aniversário que, quando entra em contato com a pele, pode causar anafilaxia.

Não há muitos grupos de risco conhecidos para a anafilaxia, mas algumas coisas podem aumentar a chance de seu desenvolvimento para o choque anafilático.

Alergias ou asma: Pacientes que são alérgicos a qualquer substância ou que tem um problema respiratório como asma, correm maior risco de sofrer uma crise de anafilaxia

Um caso anterior de anafilaxia: Se você já teve crise de anafilaxia uma vez, o risco de ter outra aumenta, com as reações cada vez mais fortes.

Histórico familiar: Se você tem membros da família que já tiveram uma crise de anafilaxia induzida por exercício, o risco de desenvolver esse tipo de anafilaxia é maior do que para alguém sem histórico familiar.

Os sintomas podem ser facilmente confundidos com os sintomas de uma alergia normal, como corrimento nasal ou alguma eczema. Entretanto, após cerca de 30 minutos, sinais mais graves podem aparecer.

Ansiedade, Dor abdominal, Desconforto ou aperto no peito, Inchaço na garganta, lábios e língua, Dificuldade para respirar, causada pelo estreitamento das vias respiratórias, Diarréia, Dificuldade de engolir, Tonturas ou vertigens, Urticárias, coceira e vermelhidão na pele, Náuseas e vômitos, Fala arrastada, Inchaço na face, olhos e língua, Inconsciência.

O tratamento do choque anafilático deve ser iniciado com rapidez nos serviços de saúde de urgência e emergência. É importante saber que, apesar de ser uma situação de emergência, é controlável e reversível desde que diagnosticada e tratada a tempo.

O esclarecimento e a correta orientação do paciente e de seus familiares, bem como a prevenção, constituem o melhor tratamento da anafilaxia, reduzindo sua mortalidade.

O autor é graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista Crefito-3/243875-f Especialista em Fisioterapia Geriátrica pela Universidade de São Carlos e Ortopedia.

Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.

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