sexta, 26 de abril de 2024
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Polícia Civil indicia pedreiro que matou cunhado em assentamento de São Carlos

15 Jul 2014 - 08h43
SCA registrou com exclusividade momento em que vítima era socorrida. (foto Luciano Lopes). - SCA registrou com exclusividade momento em que vítima era socorrida. (foto Luciano Lopes). -

No final da tarde desta segunda-feira (14) o delegado Walkmar da Silva Negré ouviu e indiciou pelo crime de homicídio doloso (quando há intenção) o pedreiro Erivaldo Romão da Cruz, 37, que é acusado de matar o próprio cunhado na noite do último dia 8 no assentamento 22 de abril, instalado no quilometro 5 da rodovia Domingos Inocentini (Estrada do Broa). 

INVESTIGAÇÕES

O caso estava sendo apurado por investigadores do 2º Distrito Policial que nos últimos dias tentavam encontrar informações sobre o paradeiro do pedreiro que estaria mudando de endereços para tentar escapar da prisão, porém no final da manhã desta segunda-feira (14), tomando conhecimento que os policiais civis estariam na região sul a sua procura, procurou seu advogado que o encaminhou até a delegacia, onde foi apresentado aos investigadores.

CONFISSÃO

Segundo Erivaldo, ele reside no assentamento na companhia da esposa e da sogra e que seu cunhado Julio Aparecido Camargo, 31, e outro cunhado também foram morar no local. Ainda segundo ele, no dia 8 (dia do crime), teria trabalhado em uma construção na cidade de São Carlos e em decorrência de um jogo da seleção brasileira foi liberado por volta das 16 horas e após apanhar alguns mantimentos seguiu para o assentamento onde encontrou seus animais sem água e teria cobrado Julio sobre a carriola e ele disse que não teria obrigação de cuidar dos animais e se fosse mandado embora do terreno iria “picá-lo na faca”, bem como teria vendido a carriola para comprar crack.

ESPINGARDA

Percebendo que o cunhado estaria drogado e sob o efeito de álcool alega Erivaldo que no início daquela noite, foi até o barraco do outro cunhado onde apanhou sua espingarda cartucheira calibre 12 de dois canos que havia adquirido a tempos de um estranho em Ibaté. Segundo ele ao deixar o barraco se encontrou com Julio empunhando uma foice e sua esposa chegou até pedir calma, porém o desafeto teria desferido um golpe contra ele, que não acertou. No mesmo instante Erivaldo disparou um tiro para intimidar o cunhado que novamente disse que o mataria com arma e tudo.

TIRO

Erivaldo disse que para se defender disparou o segundo tiro que atingiu Julio em um de seus braços e na parte lateral do corpo. Ao perceber que o cunhado teria caído e ainda estaria com vida, socorreu Julio em seu carro até a UPA da Vila Prado deixando-o na porta e fugiu em seguida. Ele diz que no momento em que prestava socorro ao cunhado descuidou-se da espingarda que teria ficado no assentamento e a arma desapareceu.

Os policiais do 2º DP descobriram que o pedreiro teria duas passagens pelo crime de tentativas de homicídios ocorridas em 1996 e em março de 2012, porém segundo ele em nenhum destes dois casos teria feito uso de arma de fogo e ainda responde por um dos crimes na Justiça Criminal. Após prestar esclarecimento sobre o crime e ser indiciado pelo homicídio doloso o pedreiro Erivaldo foi liberado por não estar em situação de flagrante.

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