sexta, 26 de julho de 2024
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O crime e a morte: des(respeito) e in(dignidade)?

29 Abr 2015 - 15h42Por Colunista Luiz Fernando de Lima Paulo
Mais um brasileiro foi fuzilado na indonésia. (foto Arquivo) - Mais um brasileiro foi fuzilado na indonésia. (foto Arquivo) -

Eis a manchete nos principais noticiários do País:

Os oito homens que foram fuzilados na Indonésia na madrugada desta quarta-feira (29) - tarde de terça-feira (28) no Brasil - entoaram cantos religiosos enquanto andavam para encarar o esquadrão que os mataria, disse uma testemunha, que afirmou que eles morreram com "força e dignidade".

Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/executados-na-indonesia-entoaram-cancoes-religiosas-antes-de-morte.html

O brasileiro passou 11 anos preso antes de ser fuzilado. Ele foi preso em 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6 Kg de cocaína e condenado a morte em 2005.

Sabe-se que legislação brasileira não permite a pena de morte (art. 5º, XLVII), salvo em caso de guerra. Diante disso, o ocorrido na Indonésia jamais será visto no Brasil por força constitucional.

Diversos projetos de lei tramitam no intuito de reduzir a maioridade penal e/ou tornar as leis mais severas, com a intenção de manter os autores de crimes mais tempo no sistema penitenciário.

Seria a solução para o problema da criminalidade?

Será que encarcerar as pessoas por mais tempo é a solução para o problema?

Sem dúvida há reflexos positivos e negativos, porém, o fato é que está longe de ser a solução definitiva para o problema da criminalidade.

A redução da criminalidade implica em uma série de ações que vão desde leis capazes de demonstrar a força do Estado em trazer os criminosos à linha do que é correto, até outros aspectos como a redução da desigualdade social pela oferta de empregos, um acesso melhor a saúde e educação de qualidade, tudo acompanhado de uma estrutura familiar adequada.

Utópico? Fantasia?

Diante das atrocidades que vivenciamos atualmente é um tanto distante ou impossível, contudo, a esperança não pode desaparecer da mente e das ações de cada um dos brasileiros.

A morte do brasileiro na Indonésia certamente desencoraja muitos criminosos, mas ao mesmo tempo deixa uma família entristecida e inconformada. Será que 11 anos preso não foi mais do que suficiente para refletir e mudar a sua conduta?

Será que fuzilá-lo após 11 anos não é um exagero?

E vocês leitores, o que acham?

Qual a solução para a redução da criminalidade em nosso País?

O texto acima é de responsabilidade do colunista e não necessariamente expressa a opinião do portal São Carlos Agora.                                                   

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