quinta, 25 de abril de 2024
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DIA A DIA NO DIVÃ: Sociedade doente

25 Set 2017 - 03h49Por (*) Bianca Gianlorenço
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -

Que mundo moderno é esse, onde estamos entregues a grande compulsão que se instala entre nós?

Estamos cegos para olhar pra nós, e, para o outro, substituímos relações por vícios, trabalho desenfreado, aumentando a sensação de impaciência em relação ao outro.

Vivemos na sociedade do bullying, do arrastão, da liberação da droga por incompetência em coibi-la, das festas regadas a drogas e sexo, da justiça feita com as próprias mãos, da homofobia, do vandalismo, do consumismo, da pedofilia, do abuso sexual...

Vivemos a era das transformações, da desconstrução de valores consolidados, da transformação da cultura, a era em que a certeza está sendo derrubada. Hoje, o não, vira sim facilmente.

A dificuldade entre qualquer tipo de relação está escancarada, não respeitamos a forma de ser do outro, queremos impor um modelo, e quando não conseguimos, matamos, excluímos!

Não há respeito na maneira de nos relacionarmos!

Ao olharmos os noticiários, nos deparamos com as mais diversas formas de violência, suicídios, agressividade, compulsões, retrato de uma sociedade doente, que produz sujeitos doentes. A modernidade e seus sistemas, são capazes de abalar e destruir relações sociais, afetivas e emocionais. Essas transformações, modificam a maneira como as pessoas sentem ou percebem com lucidez a realidade na qual estão inseridas.

A sociedade doente apresenta sintomas como:

§  Pessoas sem capacidade de reflexão,

§  Pessoas incapazes de indignação,

§  Pessoas sem força para interferir,

§  Pessoas sem força para modificar a realidade.

O resultado é uma geração moralmente enfraquecida, que alimenta o sentido da vida com prazeres momentâneos, o que a faz presa fácil de modismos, consumismo e qualquer "ismo" que tome decisões e direcione sua vida. Ou seja, constituída de figurantes e, consequentemente, sem protagonistas sociais.

Há urgência em mudar esse cenário, pois em uma sociedade doente, gerações são perdidas.

(*) A autora é graduada em psicologia pela Universidade Paulista. CRP:06/113629, Especialista em psicologia clínica psicanalítica pela Universidade Salesianos de São Paulo e Psicanalista. Atua em uma clínica, situada a rua 7 de setembro, 3168, Vila Nery - São Carlos/SP e como psicóloga clínica e social em uma organização não governamental. Telefone de contato: 16 997375436. Dúvidas e sugestões: biagian@hotmail.com. Facebook: Bianca Gianlorenço

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