sexta, 26 de julho de 2024
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Coluna de Edgard Andreazi: Luz no fim do Túnel ou buraco negro?

14 Set 2015 - 09h45Por Edgar Andreazi/Colunista
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Conversando com um amigo a respeito desta nossa crise financeira, registrei uma frase muito interessante "Antes de enxergarmos a luz no fim do túnel, precisamos encontrar o túnel".

Medidas emergenciais desequilibradas não devem resolver nossos problemas, déficit só se resolve de uma única maneira, pagando a conta. Não existe fórmula mágica.

Quando falo de déficit não estou relacionando o assunto em apenas uma questão financeira, déficit é o resultado negativo de qualquer operação mal sucedida. Não temos apenas uma crise econômica, temos uma crise social, uma moral, uma educacional e outras dos mais diversos valores de uma sociedade.

A tentativa frustrada do governo federal de fazer renascer das cinzas a famigerada CPMF ou mesmo a ameaça de aumento das alíquotas da tabela de imposto de renda ou majoração nas alíquotas de IPI, que certamente serão enfiadas goela abaixo da população, são medidas de puro engodo. A solução não é arrecadar mais, mas sim gastar menos, precisamos urgentemente custar menos.

Qualquer aumento na nossa já absurda carga tributária tem efeito ainda mais devastador na nossa economia. O dinheiro sai da circulação produtiva e vai para os ralos parasitas dos governos, que não produzem absolutamente nada e que já se provaram extremamente incompetentes na prestação de qualquer serviço.

Excesso de arrecadação é um dos problemas crônicos da nossa economia, permite além da gastança desenfreada o financiamento da corrupção.

Quem você acha que paga toda essa roubalheira do mensalão, petrolão e outros escândalos? Você.

Tudo em excesso faz mal, comida, bebida, atividades físicas. Porque com imposto seria diferente?

Como sintoma do excesso da carga tributária temos outro agravante, talvez o pior do desenvolvimento, o crescimento da informalidade que diminui o envio de recursos ao governo que por sua vez não consegue executar os serviços que deveria. Se atendermos ao chamado do governo,financiamos o custo da incompetência e da malandragem.

A informalidade gera um problema social de reflexo posterior, grande parte da população ligada ao setor produtivo não contribui com a seguridade formando para o futuro uma comunidade dependente de serviços e benemerências públicas, principalmente na área previdenciária, uma das áreas mais falidas do governo.

Por outro lado a formalidade estrangula o empreendedor que por mais beneficiado que seja com os programas de simplificação e redução tributária, não consegue competir com o ainda grande mercado informal, ao qual verte no primeiro momento de dificuldade, pois nem só de pequena redução de impostos sobrevive um pequeno empreendimento, ele precisa de financiamentos com custos acessíveis.

Enquanto nossos governantes estiverem utilizando todos os nossos recursos neste desmando político, nada irá resolver qualquer aumento de impostos, pode se dobrar a carga tributária que os problemas não serão resolvidos, quanto mais se arrecadar mais serão os desvios.

Precisamos orientar nosso rumo, garantir que se estamos projetados para encontrar a luz no fim do túnel, não podemos permitir que os equívocos políticos levem-nos ao centro de um buraco negro.

As informações acima são de total responsabilidade do autor.

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