terça, 16 de abril de 2024
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Artigo Bruno Caetano: Planos para o setor de alimentação

08 Nov 2017 - 07h18Por (*) Bruno Caetano
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Levantamento recente do Sebrae apontou que 86% dos donos de pequenos negócios do setor de alimentação têm intenção de realizar investimentos nos próximos anos. De acordo com os entrevistados, os esforços e recursos devem ir principalmente para melhorias em atendimento, marketing, redes sociais, inovação no modelo de negócio e aprimoramento da área digital, especificamente no uso de aplicativos e softwares de gestão. São aspectos capazes de proporcionar bons resultados e os empreendedores estão certíssimos em se dedicar a eles.

A propensão para investir está relacionada ao recuo da inflação e dos juros e à evolução no mercado de trabalho - segundo o Caged, são seis meses positivos de criação de vagas com carteira assinada. Mais empregos, menos pressão dos preços e juros menores representam aumento da renda e do poder de compra da população. Com a perspectiva de elevação do consumo, o proprietário de um restaurante, por exemplo, se anima a aprimorar seu negócio.

A partir dos dados apurados, surgem dois desdobramentos: primeiro, o empresário mostra confiança no futuro da economia, caso contrário não teria planos dessa natureza; segundo, já que pretende investir, ele deve tomar cuidado para as iniciativas não se transformarem em dinheiro mal-empregado e, por consequência, prejuízo.

Ao promover progressos no atendimento, como manifestado na pesquisa, o empresário mexe em um ponto determinante para conquistar o cliente. Aperfeiçoar esse quesito sempre traz benefícios.

Marketing, citado no levantamento, é outro aspecto comumente (e erroneamente) renegado a segundo plano. Bom sinal a pesquisa apontar essa preocupação dos empreendedores. Sem marketing sua marca não aparece nem é lembrada. Junta-se aqui a ideia de dar atenção às redes sociais, forma barata e simples de divulgar a empresa e os produtos. Quando usadas corretamente (página dinâmica, rapidez nas respostas, produção de conteúdo relacionado e não apenas ofertas, por exemplo), temos uma ferramenta muito útil. O mesmo vale para os avanços pretendidos na área digital.

Inovação é fundamental para a sobrevivência. Ao indicar a intenção de renovar o empreendimento, este ganha fôlego.

Mas como querer fazer nem sempre é saber fazer, o dono de um pequeno negócio com dúvidas deve procurar orientação. Nessa hora, o Sebrae-SP pode ajudar muito e transmitir conhecimento valioso para o sucesso da empresa.  

(*) O autor é diretor superintendente do Sebrae-SP desde 12 de janeiro de 2011. Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, é mestre e doutorando em Ciência Política pela mesma universidade. Na academia desenvolve pesquisas na área da Ciência Política dedicada ao tema da governabilidade e equilíbrio de poderes nas esferas sub-nacionais.

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