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Preço do peixe para Semana Santa deve variar entre 0,5% e 2,5%

14 Fev 2020 - 10h53Por Associação Paulista de Supermercados
Tradicionalmente o peixe é consumido na Semana Santa - Crédito: Marcelo Camargo/Agência BrasilTradicionalmente o peixe é consumido na Semana Santa - Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Este ano, a Semana Santa acontece de 5 a 11 de abril e, segundo pesquisa da Associação Paulista de Supermercado (APAS), o aumento dos pescados deve ficar dentro da média histórica para o período. Por sofrerem menos choques de oferta e produção, o economista Thiago Berka destaca que desde 2012 os peixes, em geral, sobem +2,46%. Alguns pescados devem ter a inflação abaixo da prevista, como é o caso do bacalhau, que terá o preço do quilo variando entre R$ 69 e R$ 119 dependendo do tipo (dessalgado, tiras, postas, filé e sem espinhas) previsto aumento entre +0,5% a +1%.
 
“A economia mais aquecida em 2020 poderá fazer com que a projeção seja mais próxima dos anos pré-crise, assim os peixes devem ter aumento de +2,1% até +2,5%”, ressalta Berka. O peixe que menos aumentou durante o ano de 2019 foi o Cação. A espécie deve aumentar – no período – entre +1,5% e +1,9% em 2020. A Merluza deve registrar um aumento de +0,5%, enquanto o camarão pode subir entre +0,9% e +1,9%.
 
Como meio para garantir o melhor preço, Berka indica para o consumidor a pesquisa e compra antecipada. “Durante a Semana Santa algumas promoções podem até acontecer, mas, por se tratar de um produto sazonal e importado, o supermercado já sabe até onde podem ir os descontos, já que precisa garantir que não irá ter perdas”, indica Berka.
 
Carnes
 
Em janeiro, as carnes bovinas tiveram quedas médias de -5,32%, porém alguns cortes registram deflação maior, como o caso do Patinho (-10,78%), Filé Mignon (-8,87%), Coxão Duro (-8,71%), Contrafilé (-7,81%), Fraldinha (-6,88%) e Coxão Mole (-6,51%). Segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, o mês de janeiro registou uma inflação de +0,73% – menor que jan/2019 (+0,98%). No ano passado, o setor fechou com a inflação em 5,73% sendo que em dezembro o índice foi de +2,41%.
 
O motivo da queda para o consumidor está no preço da arroba, que caiu de R$ 231 para R$ 193. “Devemos ter novas quedas da proteína bovina em fevereiro, uma vez que demora de um a dois meses para que queda efetivamente chegue ao consumidor. Assim que os estoques caírem e os supermercadistas realizarem novas compras com frigoríficos, o preço deve continuar caindo para o cliente, mas dificilmente os preços irão se recuperar do aumento de +30% praticado no fim de 2019, destaca o economista.
 
Ainda impactada pelo aumento na proteína bovina como opção de substituição, as carnes suínas subiram +2,34% em janeiro, desacelerando o ritmo de aumento, que foi de +5,4% e +15% em novembro e dezembro, respectivamente. No caso das aves, o preço subiu +1,98% em janeiro contra +6% e +8,53% dos dois últimos meses de 2019.
 
Outros destaques
 
Em janeiro, o campeão de inflação foi o maracujá (+27,81%) seguido pela cenoura (+22,76%) por conta das chuvas que atingiram Minas Gerais e afetou os produtores em São Gotardo – forte produtor do estado. “Com uma produtividade ruim, a cenoura deve permanecer em fevereiro com aumento de preço”, lamenta Berka. A boa notícia para o consumidor é que o preço do limão caiu -25,7% e o café segue em queda e registrando um decréscimo de -6,37% nos últimos 12 meses.

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