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Brasil

Nível do Cantareira fica estável em 19,7%

18 Mai 2015 - 09h38

O nível do Sistema Cantareira manteve-se estável em 19,7% ontem (17), apontam dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Neste mês, o volume armazenado manteve-se na maioria dos dias em estabilidade ou queda. Houve elevação apenas entre os dias 9 e 12 de maio, quando a chuva acumulada no dia 11, um total de 23,5 milímetros (mm), contribuiu para a alta. As chuvas acumuladas até o momento (35,7 mm) representam menos da metade do previsto para o mês (78,2 mm).

Esse percentual (19,7%) considera o cálculo tradicional da companhia: o volume armazenado em relação ao volume útil, sem contabilizar o volume morto. Desde março, a Sabesp passou a divulgar também o índice do volume armazenado sobre o volume total, incluindo a reserva técnica. Nesse caso, o nível está em 15,3%. Se considerada apenas a reserva técnica – volume que ficava abaixo das comportas e que passou a ser utilizado por causa da crise hídrica – o nível está em -9,6%.

O déficit de água no sistema chega a 93,8 milhões de metros cúbicos. Projeções feitas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que dificilmente o sistema voltará a operar no volume útil antes de dezembro. Caso as chuvas, durante os próximos meses, mantenham a média histórica, o nível dos reservatórios voltará a ultrapassar o volume morto no final do ano. Na sexta-feira (15), o uso da reserva técnica completou um ano.

Antes da atual crise hídrica no estado, o Cantareira garantia água para cerca de 9 milhões de pessoas da Grande São Paulo. A estiagem e a perda acelerada de água nos reservatórios obrigou a Sabesp a retirar água de outros mananciais. Hoje, o sistema abastece aproximadamente 5,4 milhões de pessoas, sendo ultrapassado pelo Sistema Guarapiranga, que atualmente fornece água para 5,8 milhões de consumidores.

Nas demais represas que abastecem a região metropolitana, houve elevação apenas no Sistema Rio Claro, que passou de 55,9% para 56%. No Rio Grande, que mantém melhor nível de armazenamento, o percentual caiu 0,1 ponto percentual e ficou em 96,5%. As demais represas se mantiveram estáveis: Alto Tietê, em 23,3%; Guarapiranga, em 82,7%; e Alto Cotia, em 68,4%.

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