sexta, 26 de abril de 2024
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Empresários preveem queda na tomada de crédito para novos investimentos, aponta pesquisa da Boa Vista SCPC

22 Out 2017 - 02h37Por Redação
Fonte: Boa Vista SCPC - Fonte: Boa Vista SCPC -

Caiu em 11p.p. (pontos percentuais) a previsão de tomada de crédito do empresariado brasileiro para novos investimentos, na comparação com o ano anterior, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC realizada com cerca de 900 executivos, ao longo do último trimestre. No 1º trimestre de 2017, 48% estavam confiantes que demandariam crédito para investir em seus negócios. Já no 3º trimestre, 37% demandarão mais crédito até o final de 2017, com a finalidade de realizar novos investimentos. Já o percentual de empresários que tomará crédito para o pagamento de empréstimos e credores passou de 18% para 29%.

Por setor, o Comércio foi o que registrou a maior alta no quesito demanda por crédito para pagamento de dívidas. O salto foi de 9% no 1º Tri/17 para 29% no terceiro. Na Indústria, 48% dos entrevistados pretendiam tomar crédito com a finalidade de investir (1º Tri/17). Já na última pesquisa este percentual caiu para 33%. Por outro lado, neste mesmo segmento cresceu a intenção em demandar crédito para alavancar o capital de giro (12p.p.). Quando observadas por porte, 67% das Microempresas pretendiam demandar crédito para realizar novos investimentos. Já no 3º Tri/17 esta intenção caiu para 31%. A tabela abaixo contém os detalhes.

Ainda segundo a pesquisa, caiu em 15p.p. (pontos percentuais) a expectativa de alta no faturamento das empresas em 2017. No 1º Tri/17, 54% acreditavam que o faturamento, ao final deste ano, fosse superar o de 2016. Já no 3º Tri/17, 39% se disseram confiantes neste crescimento. Não só no montante, mas também por porte, os empresários se demonstraram menos otimistas no quesito faturamento. No 1º Tri/17, 48% das Microempresas tinham perspectivas de crescer em 2017, na comparação com 2016. Já no 3º Tri/17 o percentual entre estas caiu para 35%. As Médias previam crescimento 60%. Já no 3º trimestre, este percentual caiu para 40%, o que representa uma queda de 20p.p.. A tabela abaixo mostra as particularidades.

Fonte: Boa Vista SCPC

Quando analisado por setor, o levantamento constatou uma queda mais significativa na Indústria. No 1º trimestre, 60% dos empresários estavam otimistas quanto ao crescimento dos seus negócios. Já no 3º trimestre, o percentual caiu para 40%. No setor de Serviços, a expectativa de alta no faturamento ao final de 2017 registrou queda de 10p.p. na comparação com o 1º trimestre, assim como no setor do Comércio.

De modo geral, a pesquisa também observou um crescimento de 13p.p. na expectativa de que a inadimplência irá ser mais elevada ao final deste ano, na comparação entre o 1º e o 3º trimestre. Quando feita a divisão por porte, 43% das Médias e 31% das Grandes empresas acreditam que a inadimplência deverá apresentar crescimento até o final de 2017. No 1º Tri/17 os percentuais foram de 18% e 21%, respectivamente. No setor de Serviços, subiu de 25% para 34%, a expectativa de que a inadimplência será maior este ano. No Comércio o percentual saltou de 13% para 26%; e na Indústria de 17% para 28%.

A pesquisa também avaliou a percepção sobre o nível de endividamento. No início do ano, 18% dos empresários esperavam ter um endividamento superior a 2016. Já no 3º Tri/17 esta percepção passou para 27%. Quando feita a análise por setor da economia, as empresas do segmento de Serviços estão entre as que apontam maior percentual de elevação. No 1º Tri/17, eram 20%. Já no 3º Tri/17 são 33%.

METODOLOGIA

A pesquisa Expectativas Empresariais da Boa Vista SCPC é realizada trimestralmente com o objetivo de identificar a percepção dos empresários do ponto de vista econômico atual, assim como as perspectivas para o final do ano de 2017. O levantamento foi realizado entre os dias 1 e 27 de agosto de 2017, com executivos de empresas dos diferentes setores de Comércio (atacadista e varejista), Indústria e Serviços, sendo que neste último também estão as Instituições Financeiras e Construção Civil. Nesta apuração foram entrevistadas 878 empresas. 77% dos respondentes ocupam cargos de decisão (sócios, diretores e gerentes).

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