Justiça condena a 15 anos de cadeia, mais um envolvido na morte de metalúrgico no Zavaglia
Alexandro Donizete de Lima foi morto a tiros na frente de casa. Pivô do crime teria sido uma mulher
2 DEZ 2022 • POR • 09h10Foi julgado e condenado a 15 anos de prisão em regime fechado, Luiz Augusto Coutinho, conhecido como Bahia. O júri aconteceu nesta quinta-feira (1º), no Fórum Criminal de São Carlos.
Coutinho participou da morte do metalúrgico Alexandro Donizete de Lima, que na época tinha 31 anos. O crime aconteceu na noite do dia 25 de junho, na rua Elza de Santi, no Jardim Zavaglia. O pivô do crime teria sido uma mulher.
Segundo a sentença, o réu não poderá recorrer da pena em liberdade e segue preso em um presídio da região.
Outro envolvido no crime, Anderson Luis Vitorio de Paula, o Negão havia sido julgado e condenado a 14 anos de prisão em 2019.
O CASO
Na época, Anderson, vulgo Negão, confessou o relacionamento com a ex-mulher de Alexandro, relatando que chegou a discutir com a vítima e que chegou a dar um tapa em seu rosto, mas negou a autoria do crime. Ele colocou a culpa no amigo, o pedreiro Luiz Augusto Coutinho, que teria atirado contra o metalúrgico.
A investigação do 2º DP identificou Anderson e Coutinho como sendo as duas pessoas que estiveram no local em que ocorreram os disparos e ambos deixado a cena do crime ocupando o Celta, 2007, prata, de São Carlos com destino ao Antenor Garcia.
Os policiais civis também apuraram que uma viatura da Polícia Militar chegou a abordar o Celta, momentos após o crime, na rua 129 no Cidade Aracy II. Uma senhora, acompanhada do filho estava no volante. Ela relatou que havia pego o veículo de Bahia que pediu para ela apanhar seu carro depois que a gasolina acabou e que não sabia do crime que havia ocorrido no Zavaglia.
VERSÕES
Em seu depoimento, Bahia disse que não atirou em ninguém e que acompanhado Anderson parou na rua Elza de Santi. Segundo ele, Alexandro chegou em seu Kadett e foi até próximo onde estavam, quando ouviu o primeiro tiro e deixou o local em seu veículo. Em seguida ouviu outros três tiros e ao chegar na rua 7 do Antenor Garcia a gasolina do seu Celta acabou e ele ligou para tia apanhar seu carro e teria se escondido pois acreditava que poderia ser responsabilizado pelo crime.
Por sua vez, Negão relatou sobre o relacionamento amoroso entre ele e a mulher do metalúrgico, mas negou ser o autor dos disparos. Disse ainda que na noite doa dia 25 de junho, após ajudar Bahia encher uma laje em uma casa do Antenor Garcia, teria participado de um churrasco em um bar do Jardim Medeiros. Em seguida regressou para o Zavaglia e quando estava conversando com um primo recebeu um telefonema da companheira que estaria sendo agredida por Alexandro. Negão disse que foi até o imóvel e chegou a discutir com o metalúrgico e a mulher teria saído. No calor do bate-boca, Alexandro, teria retirado o Kadet da garagem da casa da ex-mulher e neste instante teria chegado Bahia, para defendê-lo e seria ele quem teria atirado contra o metalúrgico.