Laíde da Uipa (PMDB) e Cidinha do Oncológico (SD) foram as duas únicas mulheres escolhidas para as 21 vagas para vereadores na cidade de São Carlos. O número corresponde a apenas 10% do total de eleitos para o cargo.
Na atual composição da Câmara Municipal, as mesmas duas mulheres, que foram reeleitas, são as duas únicas representantes femininas.
Na própria disputa dos cargos, todos os candidatos a prefeitos em 2016 eram homens. A cidade, aliás, nunca teve uma prefeita mulher. Entre os candidatos para vereador, elas somaram 31% das candidaturas - menos de um terço dos 339 nomes inscritos.
Os números revelam uma falta de representatividade do poder público frente à população são-carlense, composta, em sua maioria, por mulheres - segundo o Censo de 2010, elas correspondem a 51% dos residentes locais, proporção que se repete na quantidade de mulheres do país.
Em relação aos negros, não há nenhum entre os representantes eleitos em São Carlos, onde 78% dos candidatos se declararam brancos. É um resultado que reflete o cenário nacional: segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 8,65% dos candidatos nas eleições 2016 de todo o país se declararam negros e 39,10? pardos; dois grupos que representam 54? dos brasileiros, segundo o levantamento de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Contribuição: Helena Mega