
Uma pesquisa, desenvolvida no Laboratório de Pesquisa em Saúde do Idoso da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem o objetivo de desenvolver um novo instrumento de avaliação da cognição e aspectos motores em pessoas idosas que estão no estágio do nível da doença de Alzheimer (DA). A pesquisa convida voluntários para testes e avaliações gratuitas na UFSCar e entregará relatório completo sobre a saúde mental e física dos participantes.
O estudo conta com a participação de pós-graduandos (mestrado e doutorado), orientados pelos professores Larissa Pires de Andrade e Robson Barcellos, dos departamentos de Fisioterapia e Engenharia Elétrica da UFSCar, respectivamente. De acordo com Lara do Nascimento Olímpio, pesquisadora da equipe, o estudo destaca a relevância do uso de testes físicos em pessoas idosas no estágio nível do Alzheimer, como uma estratégia para mensurar, de forma inteligente, o desempenho cognitivo e motor desses indivíduos. "Considerando o comprometimento progressivo, irreversível e multifatorial decorrente do processo neurodegenerativo, o uso de tecnologias pode oferecer medidas mais válidas e confiáveis. Isso possibilita avanços no conhecimento sobre as condições cognitivas e motoras dessa população, contribuindo para o desenvolvimento de abordagens de prevenção e reabilitação mais precisas e fundamentadas no cuidado e acompanhamento clínico", descreve Nascimento.
Um diferencial a ser destacado do estudo é que o instrumento foi idealizado em um teste cognitivo consolidado que permite avaliar domínios cognitivos e motores de forma inteligente para além da capacidade de execução de duas atividades realizadas simultaneamente. Nascimento destaca também que é uma tecnologia de baixo custo e fácil transporte para diferentes cenários de atuação profissional.
No entanto, um pesquisador reforça que esse novo instrumento está em desenvolvimento e passará por estudos de validação, reprodutibilidade e usabilidade. “Ele poderá ser um teste utilizado para outras pesquisas, bem como terá possibilidades de uso na clínica, futuramente tendo suas vendas”, explica.
Voluntários
Para desenvolver a pesquisa, estão sendo convidadas pessoas voluntárias, a partir de 60 anos, que têm diagnóstico de Alzheimer em nível de estágio e que conseguem caminhar sem uso de algum suporte (bengala ou andador). É preciso que os participantes realizem exames de imagem, como tomografias e ressonâncias. Os voluntários passarão por testes presenciais na UFSCar, em três dias não consecutivos. Após o final dos testes, os participantes assinaram relatório completo sobre sua saúde mental e física e desempenho nos testes propostos, elaborados por uma equipe multiprofissional.
Assessoria de imprensa