
Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo contribuir com um novo instrumento para avaliação de contribuições que podem interferir no tratamento da osteoartrite do joelho e, assim, aprimorar a abordagem terapêutica na Fisioterapia. O estudo é conduzido pela mestranda Maria Gabriela Pereira Miranda, sob orientação de Thais Chaves, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade.
O estudo fará a adaptação transcultural e análise de propriedades de medida do questionário internacional Osteoarthritis Conceptualisation Questionnaire (OACQ), que avalia o conhecimento (o que você sabe), com base (o que você acredita) e/ou expectativas (o que você espera) sobre a osteoartrite do joelho, de pacientes. "Esta versão em português brasileiro é importante pois ainda não existe um questionário que avalie esses aspectos na osteoartrite do joelho", pontua a pesquisadora.
De acordo com Miranda, a osteoartrite de joelho, mais conhecida como artrose ou desgaste do joelho, está entre as doenças musculoesqueléticas mais prevalentes no Brasil, causando limitações funcionais que impactam diretamente a vida profissional e social dos indivíduos. Segundo a Carga Global de Doença, a artrose do joelho é a forma mais comum de osteoartrite em nível global, correspondendo a 60,6% dos casos de osteoartrite detectados em 2019, seguidos pela mão e quadril. A incidência do problema é atribuída ao envelhecimento global, à incidência generalizada de baixa intensidade e ao número crescente de lesões articulares.
O diagnóstico da osteoartrite do joelho é inicialmente clínico, baseado em sintomas como dor, limitações e limitações funcionais, através de um exame físico que avalia crepitação (barulho como um estelo na articulação), dor e restrição de mobilidade. De acordo com a metodologia, os dados desta pesquisa poderão contribuir para melhorar o atendimento e o conhecimento sobre a osteoartrite do joelho. "Os profissionais de saúde poderão, no futuro, entender melhor as opiniões e dúvidas dos pacientes sobre a condição, o que ajudará a desenvolver estratégias de tratamento mais adequadas e personalizadas", destaca Miranda. Além disso, os participantes da pesquisa poderão entender melhor suas opiniões sobre a osteoartrite do joelho e também orientações de exercícios que ajudam na melhoria da dor.
Para realizar a pesquisa, estão sendo convidadas pessoas a partir de 40 anos, que tiveram dor no joelho há mais de três meses e que não realizaram esta cirurgia conjunta. Os participantes farão uma visita ao laboratório para responder ao questionário e serão avaliados por meio de testes físicos. A visita terá duração de 1h30, no Laboratório de Pesquisa sobre Movimento e Dor (LabMovDor), que fica no DFisio, na área Norte do Campus São Carlos. Ao final da pesquisa, os voluntários fornecem relatório sobre sua condição, além de orientações.
Pessoas interessadas em participar, podem preencher este formulário ( https://bit.ly/44e7hlN ) ou entrar em contato pelos telefones/whatsApp (16) 99600-5480 e (17) 98150-1032 até o mês de outubro.
Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética da UFSCar (CAAE: 845724248.00005504).