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terça, 15 de julho de 2025
Saúde

Estudo da UFSCar avalia níveis de atividade física na saúde mental e qualidade de vida de gestantes

Pesquisa preenche lacunas de estudo sobre comportamentos físicos em gestantes brasileiras

26 Jun 2025 - 17h20Por Jessica Carvalho R.
Gestantes, a partir do segundo trimestre de gravidez, podem participar da pesquisa (Foto: Pexels) - Gestantes, a partir do segundo trimestre de gravidez, podem participar da pesquisa (Foto: Pexels) -

Uma pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Estudos em Fisioterapia na Saúde da Mulher (NEFISM) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende verificar a influência do nível de atividade física e do comportamento sedentário na qualidade de vida e saúde mental de gestantes. O estudo preenche uma lacuna desse tipo de pesquisa com grávidas brasileiras e pode auxiliar na elaboração de programas de educação em saúde para esse público. Gestantes a partir do segundo trimestre podem ser voluntárias da pesquisa e aprovação do relatório completo das avaliações.

O projeto é desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar e integra uma pesquisa de mestrado e doutorado, sob orientação de Ana Carolina Sartorato Beleza, coordenadora do NEFISM e docente do Departamento de Fisioterapia da Instituição. “Até o momento não foram encontrados estudos que avaliassem objetivamente o nível de comportamento sedentário e atividade física em gestantes brasileiras”, destaca Giovana Poli, uma das pesquisadoras do projeto. Ela aponta que o estudo permitirá compreender se as gestantes brasileiras atendem às recomendações vigentes sobre atividade física, quais as barreiras e facilitadores para esses comportamentos e como isso pode afetar a saúde mental e a qualidade de vida desse público.

Giovana Poli explica que a prática diária de 20 a 30 minutos de atividade física, de exercício moderado a vigoroso, é recomendada para mulheres no período gestacional, podendo auxiliar no controle de ganho de peso gestacional, redução de sintomas de dor musculoesquelética, prevenção e controle de diabetes e hipertensão gestacional, além da melhora da qualidade do sono. "Ainda que as recomendações de atividade física sejam atingidas, o tempo gasto em comportamento sedentário pode ser elevado e estar associado a resultados negativos, como mortalidade, incidência de doenças cardiovasculares, desenvolvimento de diabetes gestacional e baixo peso do bebê ao nascer, por exemplo", complementa um pesquisador sobre o impacto do sedentarismo na gestação.

Pesquisa

O projeto da UFSCar utilizará um dispositivo tecnológico para avaliar os comportamentos físicos das gestantes voluntárias ao longo de sete dias. Trata-se de um sensor fixado na coxa com uma fita, totalmente indolor e não invasivo. Após esta etapa, será feito um relatório sobre cada participante para levantar os dados para a pesquisa.

De acordo com a pesquisa, os resultados do estudo "podem apoiar a criação de programas de Educação em Saúde e atividade física ao longo da gestação e pós-parto considerando o contexto das mulheres brasileiras".

Para realizar a pesquisa estão sendo convidadas gestantes, a partir do segundo trimestre gestacional, maiores de 18 anos. Foram realizados três encontros ao longo do ciclo gravídico puerperal, todos no Lamu, que fica no DFisio, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. Os interessados em participar devem preencher este formulário ( https://bit.ly/3GckmEj ) ou entrar em contato pelos telefones/WhatsApp (16) 98173-3936 (Giovana) ou (14) 99185-9654 (Letícia). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 84352024.3.0000.5504).

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