sexta, 19 de abril de 2024
Saúde

Alimentação saudável e atividade física reduzem em até 28% chance de desenvolver câncer de mama

O mastologista Rafael José Fábio Pelorca, do Grupo São Francisco, ressalta a importância da Campanha Outubro Rosa na conscientização sobre os meios de prevenção da doença, que deve chegar a cerca de 66 mil novos casos em 2020

07 Out 2020 - 15h23Por Assessoria
Alimentação saudável e atividade física reduzem em até 28% chance de desenvolver câncer de mama -

A adoção de hábitos saudáveis incluindo uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas com regularidade podem reduzir em até 28% a chance de desenvolvimento de câncer de mama, segundo o Ministério da Saúde.

 

De acordo com o médico Rafael José Fábio Pelorca, mastologista do Grupo São Francisco, que faz parte do Sistema Hapvida, os principais fatores de risco comportamentais relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama são excesso de peso corporal, falta de atividade física e consumo de bebidas alcoólicas.

 

“Alguns fatores comportamentais ajudam a diminuir o risco de câncer de mama. A amamentação protege do câncer de mama tanto na pré quanto na pós-menopausa. A prática de atividade física também ajuda a diminuir o risco de câncer de mama, já que promove a redução da gordura corporal”, explica Pelorca.

 

O especialista afirma que o câncer de mama não tem uma causa única, já que alguns fatores como idade, endócrinos, história reprodutiva, genéticos e hereditários, além de questões comportamentais como ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade após a menopausa e tabagismo estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença.

 

“A idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver câncer de mama. Mulheres a partir dos 50 anos são mais propensas a desenvolver a doença. Fatores endócrinos ou relativos à história reprodutiva como nas situações em que idade da primeira menstruação foi menor que 12 anos, em que a menopausa seja tardia - última menstruação após os 55 anos, em que a primeira gravidez ocorra após os 30 anos, caso de nuliparidade (não ter tido filhos) e de terapia de reposição hormonal pós-menopausa, especialmente, se por tempo prolongado, aumentam os riscos da doença”, comenta Pelorca.

 

“Outubro Rosa” e prevenção

 

O médico ressalta que a prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença. No entanto, de modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores como exames e consultas periódicas.

 

“Como a prevenção apresenta dificuldades, o diagnóstico precoce é muito importante. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando ao diagnóstico precoce e a redução da mortalidade”, orienta Pelorca.

 

Para ele, a campanha “Outubro Rosa” é importante para a conscientização e tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico da doença, que geralmente se manifesta a partir dos 35 anos e com maior incidência após os 50 anos.

“O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. O câncer de mama responde, atualmente, por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando menos de 1% do total de casos da doença. No Brasil, estimam-se que 66.280 casos novos de câncer de mama, para o ano 2020”, comenta Pelorca.

 

Veja alguns sinais que podem indicar o aparecimento do Câncer de Mama:

 

• Edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;

• Retração cutânea;

• Dor ou inversão do mamilo;

• Vermelhidão da pele;

• Descamação ou ulceração do mamilo;

• Secreção papilar, especialmente, quando é em um único lado e espontânea, podendo ser sanguinolenta;

• Nodulação nas axilas;

 

Ao perceber um ou mais sintomas descritos é importante consultar um médico para um diagnóstico clínico mais preciso e, caso seja necessário, para orientar sobre o tratamento.

 

 

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