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Uso de simulador de direção veicular vai deixar CNH mais cara

05 Nov 2013 - 17h56
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A partir do próximo ano, quem pretende tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B (para conduzir automóveis) deverá, obrigatoriamente, fazer aulas no simulador de direção veicular. A medida foi estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por meio da resolução 444/2013, e tem o propósito de qualificar a formação de novos condutores para que haja mais segurança no trânsito.

Em São Carlos, os Centros de Formação de Condutores (CFCs) já estão encomendando os equipamentos, que devem ser instalados até 31 de dezembro deste ano, porém apuramos que entre três e quatro estabelecimentos estão preparando seus prédios para fixar o simulador de direção veicular, o qual custa em média R$ 40 mil, o preço de um carro 0 km. Um dos prédios é do Centro de Formação de Condutores Mazola, instalado na rua José Bonifácio, 595, esquina com a rua Santa Cruz no centro de São Carlos, o qual já está adaptado para receber o simulador que deverá ser utilizado a partir do dia 31 de dezembro.  

O simulador é constituído de três telas de computador  que reproduzem a visão que os motoristas têm nos retrovisores de um carro e um banco exatamente como o de um automóvel. Há, ainda, cinto de segurança, pedais, alavanca de câmbio das marchas, volante, limpador de pára-brisas e freio de mão. Com o equipamento, os alunos terão conceitos básicos de condução, aprendizado de circulação em avenidas, curvas, estradas, passagem em cruzamentos, regras de segurança, congestionamento, parada e estacionamento, e, também, vivenciarão situações climáticas e de risco, como aquaplanagem, condução sob chuva e neblina.

As aulas no simulador só poderão ser realizadas após inicio das aulas teóricas e antes da expedição da Licença para Aprendizagem de Direção Veicular os candidatos deverão realizar cinco horas/aulas de 30 minutos cada, com intervalos, também, de 30 minutos, nos CFCs, que devem cumprir os requisitos de infraestrutura física previstos pela portaria do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). Em princípio, os CFCs deveriam ter se adequado com os simuladores até 30 de julho, mas o Conselho estendeu o prazo.

Segundo a coordenadora geral de qualificação do fator humano no trânsito do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Maria Cristina Hoffmann, com o simulador o motorista enfrentará as aulas práticas com mais segurança. "Os futuros condutores poderão passar por situações que irão permitir o domínio do veículo e a atenção necessária e indispensável à segurança no trânsito", afirmou.

Com o maior número de aulas, por conta do simulador, o processo de habilitação sairá mais caro para o consumidor. De acordo a sócio-proprietária do Centro de Formação de Condutores Mazola, Geovana Penteado Broco, a estimativa é de que esse aumento chegue entre 20 a 30%. Ainda não está definido o valor real, mas cada alua no simulador tem uma estimativa entre R$ 30,00 e R$ 50,00. Ela também informou que as Autosescolas de São Carlos e região que não possuírem o simulador, poderão utilizar os disponíveis os três ou quatros CFCs que serão instalados em São Carlos com pagamento de taxas sem qualquer compromisso de vínculo, pois todos os iniciantes a partir do dia 31 de dezembro deste ano serão submetido ao simulador de direção veicular antes da prova teórica.

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