Um soldado da Polícia Militar (PM), de 44 anos, foi preso sob a suspeita de integrar uma quadrilha especializada no roubo de relógios da marca Rolex, em Ribeirão Preto. Segundo a Polícia Civil, aproximadamente 20 relógios foram roubados na cidade este ano. Nenhum foi encontrado.
A prisão aconteceu no dia 24 de setembro, mas só na segunda-feira (7) a informação foi divulgada pela polícia. O nome do soldado não foi informado.
Segundo o delegado José Luis de Meirelles Júnior, os roubos aconteciam principalmente na região Sul de Ribeirão Preto.
"Percebemos que os fatos se davam muito próximos, em um raio de 1 Km a 1,5 km. E, principalmente, nas avenidas João Fiúsa e Wladimir Meirelles Ferreira. Também notamos que os roubos ocorriam logo após as vítimas saírem de estabelecimentos nobres, como restaurantes, concessionárias e supermercados".
Ainda segundo o delegado, através de investigações do Serviço de Inteligência, a polícia identificou o policial militar, que foi reconhecido por quatro vítimas.
"Em contato com uma das vítimas, que não mora em Ribeirão, nós não tivemos dúvidas da maneira incisiva que ela o apontou como o autor do roubo do relógio. Passamos a ter quase semanalmente esses assaltos na região. Mais três vitimas o reconheceram fotograficamente", diz Meirelles.
O delegado afirma que o suspeito não agia sozinho. "Precisamos ainda descobrir outros executores, porque não tem apenas esse. E, principalmente, precisamos identificar os receptadores".
Segundo o delegado, muitas vítimas da quadrilha do Rolex não registraram boletim de ocorrência e isso dificulta o trabalho da polícia. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 197.
PM instaurou processo para apurar conduta
A Polícia Militar (PM) instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta do soldado que trabalha na corporação há 23 anos. Ele atuava em São Carlos.
Segundo a PM, no dia 23 de setembro, a Primeira Vara Criminal de Ribeirão Preto emitiu um mandado de busca e apreensão e no dia 24 o soldado foi preso. Foram realizadas buscas na residência do policial, mas nada foi encontrado.
O soldado foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista, e no dia 3 de outubro a prisão preventiva foi decretada.
A PM afirma que "não compactua com desvios de condutas pontais de nenhum componente".