quinta, 28 de março de 2024
Irmão matou irmão

Jovem acusado de matar o irmão é preso em Ibaté; briga entre cunhadas teria sido o motivo do homicídio

07 Out 2020 - 09h48Por Marcos Escrivani
Delegado Gilberto de Aquino pediu a prisão temporária de 30 dias contra Alisson da Rocha Lima - Crédito: Arquivo/SCADelegado Gilberto de Aquino pediu a prisão temporária de 30 dias contra Alisson da Rocha Lima - Crédito: Arquivo/SCA
Alisson está preso temporariamente no Centro de Triagem de São Carlos

O desentendimento entre cunhadas foi a motivação do assassinato de Adenilson da Rocha Lima, 25 anos, ocorrido na noite de quinta-feira, 1, na rua José Graciano, no Jardim Popular, em Ibaté. O acusado é o próprio irmão que foi preso na última segunda-feira (5).

O delegado Gilberto Aquino, responsável pela Delegacia de Ibaté, deixou claro que o crime poderia ter sido evitado se as envolvidas “tivessem calado a boca” e não trocado ofensas nas redes sociais.

No dia seguinte ao crime (2), Aquino disse que iniciou as investigações para apurar o assassinato de Adenilson, que teria sido cometido pelo irmão Alisson da Rocha Lima, 23 anos. Uma terceira vítima, Kaike José Pedroso tentou ajudar o amigo, mas também foi agredido.

Segundo Aquino, o motivo foi briga entre as esposas dos irmãos que moram lado a lado, na mesma rua e ambas comercializavam produtos alimentícios. Com o tempo, ocorreram provocações nas redes sociais e uma delas, Karem, chegou a fazer um boletim de ocorrência dando conta que teria sido agredida pela cunhada.

“No dia do crime (1), a noite, a esposa da vítima teria ido até a casa da sua mãe e Adenilson e Kaike ficaram para guardar os carros na garagem da casa e posteriormente iriam ao encontro da esposa. Neste dia, Alisson estava com a esposa, sogro e filhos na calçada a aproximadamente 10 metros de distância das vítimas. Em dado momento, ele se apossou de uma barra de ferro e partiu para cima de Adenilson, dando nove golpes na cabeça. O sogro tentou apaziguar os ânimos, quando Kaike foi em defesa do amigo e levou um golpe violento com a barra no tórax desferido por Alison. Percebemos no vídeo que a vítima chegou a caminhar, mas caiu. Kaike tentou socorrer e foi ajudado por Alison que deu a entender que teria se arrependido. Porém, foi tarde demais. Posteriormente ele, a esposa, sogro e filhos deixaram o local”, disse Aquino.

Ato contínuo, Adenilson morreu no local e Kaike foi medicado e liberado. A barra de ferro foi guardada e Aquino disse que pediu prisão temporária de Alison por 30 dias e não irá solicitar o relaxamento.

IRMÃO NO CEMITÉRIO; IRMÃO NA CADEIA

O saldo da noite que marcou a tragédia familiar resultou em um irmão no cemitério e outro na cadeia. As esposas, agora viúvas, cada uma ficaram com três filhos para cuidar.

O SCA ouviu Karem, 28 anos, esposa de Adenilson. Tudo teria começado após ela e a cunhada Thaís abrirem estabelecimentos comerciais há aproximadamente três meses.

Durante este período ocorreram discussões, uma agressão e ofensas nas redes sociais, que resultaram na confecção de um boletim de ocorrência.

“Fui agredida por trás e ameaçada de morte pela minha cunhada e no dia da morte do meu marido, eu tinha ido até Ribeirão Bonito, pois íamos fazer uma festa no dia do aniversário da minha sogra”, disse Karen.

Segundo ela, após a tragédia, teve conhecimento apenas que teria ocorrido uma briga e que seu marido tinha sido agredido por Alison. “Mas não sabia que tinha ocorrido a morte. Eles eram unidos, um amigo do outro. Éramos padrinhos de um filho dele. Mas tudo mudou após minha cunhada começar a me ofender nas redes sociais e me ameaçar de morte. Minha cunhada (Thaís) causou a morte do meu marido. Agora nós ficamos com nossos filhos (três cada uma) e com um marido no cemitério e o outro na cadeia”, desabafou Karen. “Eu acho que ela fez a cabeça do marido. Não havia motivo para acontecer isso. Não tinha motivo para tanto ódio”, finalizou. (com Pedro Maciel)

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