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Dentista mata mulher e depois comete suicídio

22 Set 2009 - 15h52Por Redação São Carlos Agora

Um cirurgião dentista que sofria de depressão matou a mulher a tiros e, depois, se matou com um disparo na cabeça. A tragédia familiar abalou os moradores do Jardim Silvânia, em Araraquara, interior de São Paulo, na tarde desta terça-feira. A suspeita é que o crime tenha ocorrido no domingo à noite, mas, somente nesta tarde, a filha do casal achou os corpos caídos em um quarto.

O sargento Carlos Henrique Martins, da Polícia Militar, diz que tudo indica que o cirurgião dentista José Luis Cantarelli, 56 anos, disparou dois tiros contra a cabeça da esposa, a dona-de-casa Sueli de Souza Cantareli, 49 anos. Os ferimentos atingiram a lateral da cabeça e a testa. Sueli estava deitada no colchão em um quarto de hóspedes e vestia uma camisola.

Em seguida, segundo avaliação inicial da perícia, o dentista atirou no próprio ouvido e caiu em cima da arma, um revólver calibre 38. “Os corpos estavam começando a ficar em decomposição e, por isso, acreditamos que o crime tenha sido no domingo”, diz o sargento. A filha do casal, Carina Cantarelli, 31 anos, foi quem encontrou os corpos e acionou a polícia. Ela e a mãe do dentista, inclusive, chegaram a desmaiar e foram socorridas por vizinhos.

Parentes disseram que o casal vinha brigando e o motivo seria o ciúmes sentido pelo dentista. Cantarelli sofria há pouco mais de um ano de depressão e impedia que a mulher com quem era casado há mais de 30 anos saísse de casa. Um Boletim de Ocorrência (BO) indicando uma agressão foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) há cerca de dois meses. Não houve investigação do caso.

Dezenas de curiosos acompanharam o trabalho da polícia. A família de classe média morava em uma casa grande na Rua Minas Gerais. Cantarelli tinha um consultório odontológico em um terreno anexo a residência. Vizinhos relataram não ter ouvido nenhum barulho referente ao tiro. “Ele parecia ser um homem muito tranqüilo e jamais imaginamos que algo assim pudesse acontecer”, afirma uma moradora, sem querer se identificar.

Cláudio Dias/Tribuna Impressa

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