quinta, 25 de abril de 2024
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Araraquara: Pais e amigos de motorista preso fazem ato e pedem por liberdade

23 Jun 2016 - 10h06Por Redação
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -

Os pais e amigos do motorista de 27 anos preso desde sábado acusado de envolvimento direto no acidente que terminou com a morte do estudante de engenharia civil, Jonei Gouveia Alves, 24, na Avenida Manoel de Abreu, estrada que liga Araraquara a Américo Brasiliense, fizeram na tarde desta quarta-feira, um ato em frente ao Fórum pedindo por sua liberdade. O rapaz segue preso na Penitenciária de Araraquara.

Com uma faixa dizendo que lugar de inocente não é na cadeia, eles insistem que o motorista não teve ligação com a morte do estudante. "Ele não bateu na moto, ele bateu depois na mureta de concreto", diz a mãe Maria Tereza Romania, que organizou o ato. A Justiça negou no final de semana o pedido do relaxamento do flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, omissão de socorro e fuga do local do acidente.

O juiz Mário Camargo Magano, da 5ª Vara Cível, entendeu que "há fortes elementos indiciários de que o preso, conduzindo seu veículo em estado de embriaguez, provocou a morte da vítima ao se chocar contra a motocicleta por ela conduzida." Ele diz, ainda, que os crimes em tese praticados são graves, por isso recomenda, ao menos neste momento, enquanto o inquérito policial não está concluído, a segregação cautelar do motorista.

Moto do vigilante ficou pela Avenida Manoel de Abreu. Foto: Claudio Dias

O caso envolvendo o motorista de 27 anos e a morte de Jonei movimenta a polícia e a cidade de Araraquara desde o final de semana. A polícia diz que, por volta das 6h30, foi avisada sobre um acidente na Avenida Manoel de Abreu. Por lá, um motoqueiro caído. Ao chegar, ele estava morto. Ao lado, a placa de um carro indicando que ela seria do veículo envolvido no choque com a moto. Esse carro, inclusive, tinha batido em um muro de concreto pouco a frente.

A polícia não teve dúvida: foi até a casa do motorista e lá encontrou um jovem de 27 anos, aparentemente bêbado e dormindo dentro do carro todo amassado. Ele, no entanto, admitiu ter batido no muro de concreto, mas negou ter se envolvido em um acidente com o motoqueiro. A versão não convenceu e ele foi preso.

Horas depois, quando já estava quase sendo levado para a cadeia, uma possível reviravolta levantou dúvidas sobre a autoria e a real participação do motorista de 27 anos. O carregador Leandro Aparecido Moura, 32, disse que, por volta das 5 horas, estava na Avenida Manoel de Abreu, para dar auxílio ao carro do irmão que apresentou problemas mecânicos.

Na volta para Américo Brasiliense, segundo ele, por volta das 5h30, viu o vigilante e estudante de engenharia civil caído no chão. "Ele ainda estava vivo, agonizando, até tentamos ajudar tirando o capacete, mas não tinha como", diz o carregador confirmando à polícia algo importante: enquanto eles aguardavam a chegada do socorro, o Civic, ano 2000, conduzido pelo jovem passou em alta velocidade.

Neste meio tempo, a frentista Daiane Carolina da Silva, 31, passou pelo local do acidente e viu a moto e o estudante caído, mas ainda vivo. Ela trabalha no posto de combustíveis na rotatória que dá acesso ao Jardim São Rafael. Ao chegar para abrir a loja, foi avisada por um funcionário do frigorifico Minerva de que, coincidentemente, um carro acabara de chocar-se contra a mureta.

Esse funcionário disse ter visto o motorista ir embora e deixar a placa no chão. A frentista, então, acreditando que um caso teria ligação com o outro, colocou a placa do Civic na bolsa e levou ao local do acidente da moto em que curiosos aguardavam a chegada da polícia. "Se eu soubesse que daria todo esse rolo eu nem teria me envolvido. Só levei a placa porque pensei, talvez, pudesse ter a ver." (araraquaraja.com)

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