quinta, 28 de março de 2024
Prós e contras

Tratamento precoce vira “guerra ideológica” na Câmara

Mais uma vez, vereadores Djalma Nery (PSOL) e Moisés Lazarine (PSL) se estranham em sessão que aconteceu na tarde desta terça-feira

13 Abr 2021 - 20h34Por Redação
Em sessão virtual, vereadores voltam a debater com fervor o tratamento precoce - Crédito: DivulgaçãoEm sessão virtual, vereadores voltam a debater com fervor o tratamento precoce - Crédito: Divulgação

Mais uma vez, vereadores Djalma Nery (PSOL) e Moisés Lazarine (PSL) se estranham em sessão que aconteceu na tarde desta terça-feira

Tratamento precoce e posições ideológicas voltaram a dominar os discursos na sessão da Câmara desta terça-feira, 13. De um lado, o grupo político que defende os cuidados iniciais para a covid-19, com medicamentos indicados por parcela de médicos. De outro, os vereadores que repelem esses cuidados. E, por fim, um debate ideológico entre os vereadores Djalma Nery (PSOL) e Moisés Lazarine (PSL), que sustentam posições antagônicas.

O primeiro vereador a enfocar o tema na “tribuna virtual” da Câmara foi o vereador Sérgio Rocha (PTB), que na última sexta-feira (9) apresentou um projeto de lei sugerindo a implementação do tratamento precoce na Rede Municipal. “É uma luz no fim do túnel. Temos que usar todos os mecanismos, temos que usar as vacinas. O pessoal que é favorável a usar o medicamento precoce, temos que respeitar”, defendeu.

André Rebello (DEM) também usou o seu tempo de discurso para trazer o assunto tratamento precoce ao debate. “Temos que garantir aos médicos a liberdade para o tratamento precoce. Temos comprovações clínicas de que os pacientes assim tratados evoluem para inflamações”, discursou.

Já o vereador Azuaite França (Cidadania) reforçou não concordar com os posicionamentos de Rocha e Rebello, mas que os respeita. “A minha opinião a respeito do que pensam os vereadores Sérgio Rocha e André Rebello é diferente. A minha posição é diferente e quero que a minha posição seja respeitada e sei que respeitam. Todos nós queremos sair dessa e vivos. É o que todos desejam”, destacou.

Guerra ideológica

Assim como ocorreu em outras sessões, os vereadores Moisés Lazarine e Djalma Nery voltaram a trocar farpas na sessão virtual. Primeiro, Nery frisou o seu posicionamento contrário ao tratamento precoce. Anteriormente, mesmo sem citar nomes, Lazarine levantou suspeitas a respeito de críticas promovidas pelo vereador do PSOL aos demais colegas de Legislativo. “Como gestores públicos, temos que impedir que isso aconteça em São Carlos [tratamento precoce]. Nenhuma cidade que adotou o “kit covid” apresentou melhoras nos seus indicadores”.

“É uma absurdo o vereador falar isso aqui [sobre possíveis críticas aos colegas de Câmara nas redes sociais]. Isso só me faz caracterizar que a única pessoa sem preparo é esse vereador que me atacou”.

Moisés Lazarine respondeu. “É lamentável o péssimo nível da Câmara de Vereadores,por parte desse vereador, que me antecedeu. Essas pessoas que defendem o lockdown, que ofereçam outras alternativas, antes da vacina chegar”.

O presidente da Câmara, Roselei Françoso (MDB) intercedeu. Ele não sustentou as críticas do colega. “O senhor criticou o péssimo nível dos vereadores. Eu não posso concordar. A Câmara tem uma série de dificuldades, fazemos das tripas coração para resolver os problemas da população. Somos escolhidos pelo voto popular e precisamos entender que estamos numa Câmara política, como direita, esquerda e centro”.

Sobre tratamento precoce, a Prefeitura compreende que essa é a prerrogativa do médico e que não tem condições de adquirir kit covid, uma vez que não possui certificação da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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