Damares Alves e Moisés Lazarine - Crédito: DivulgaçãoOs vereadores da Câmara Municipal aprovaram por unanimidade nesta terça-feira (29) o título de Cidadã Honorária de São Carlos à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. O projeto de decreto legislativo foi proposto pelo vereador Moisés Lazarine (DEM).
“A ministra Damares é uma são-carlense, viveu aqui por muitos anos e fez a graduação em Direito no município. Além disso, é uma pessoa que enfrentou estupro na infância, superou outros desafios e tem sido uma ativista do direito da criança, da mulher, da vida, contra o aborto e, por isso, merece nosso reconhecimento”, disse nesta terça-feira o vereador Moisés.
A ministra deve vir a São Carlos em março para lançar dois programas, um sobre prevenção ao suicídio e outro intitulado Família Forte.
O projeto de homenagear Damares foi aprovado após gerar polêmica no município. Um áudio de um dos conselheiros do prefeito Airton Garcia (PSB), José Renato Andrade, viralizou nas redes sociais na semana passada, onde o são-carlense chama a ministra de psicopata, vaca e declara que Damares deveria ser internada ou ser estuprada em um presídio com presidiários que não veem mulheres há 15 anos.
O caso ganhou notoriedade nacional e foi repercutido pelos principais jornais do país. A própria Damares fez uma publicação no Instagram em repúdio ao áudio.
O vereador foi até Brasília e protocolou um pedido de investigação na Ouvidoria Nacional de Direito Humanos, vinculado ao Ministério de Direitos Humanos.
A Câmara Municipal também fez uma moção de repúdio nesta terça-feira contra o ato do são-carlense.
Damares morou por 10 anos em São Carlos, graduou-se em Direito na extinta Fadisc e chegou a trabalhar na Prefeitura.
