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Política

Azuaite questiona se guardas municipais estão preparados para armamento

11 Mar 2020 - 07h39Por Redação São Carlos Agora
Azuaite questiona se guardas municipais estão preparados para armamento - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

O vereador Azuaite Martins levantou questionamentos, na sessão desta terça-feira (10), se a Guarda Municipal está preparada para portar arma. Em sua crítica, o vereador usou como pano de fundo o episódio que envolveu um guarda e um motorista na última segunda-feira próximo ao Shopping Center.

O vereador abriu seu discurso relembrando sobre projetos que já foram debatidos na Câmara sobre a Guarda Municipal armada, impulsionados pela população e pelos próprios vereadores na busca por mais segurança, auxílio no serviço da Polícia Militar e diminuição de crimes.

Em seguida, o vereador afirmou que o incidente do guarda com o motorista de aplicativo serviu para demonstrar o despreparo dos agentes da GM.

“A gente deduz deste incidente, que não sei se é o primeiro, que essas pessoas não estão preparadas nem para usar uma arma enquanto profissionais de uma corporação de segurança, a quem também é estendido o monopólio da violência em defesa do cidadão, e nem preparados para trabalhar com o público. Um simples problema de trânsito foi transformado em discussão, uma desinteligência, numa briga corporal, e em um ato, é evidente, de covardia. Porque quem tem a arma é o mais covarde, é aquele que por covardia vai atirar no outro”, sustentou.

“É pra isso que temos Guarda Municipal, para em qualquer confusão pegar a arma e atirar contra um cidadão, é essa a função”, questionou o vereador, relembrando um desentendimento de trânsito que terminou em assassinato perto da Rodoviária.

Azuaite alterou o tom e criticou o presidente Jair Bolsonaro com a política que flexibiliza o porte de arma.

“O Brasil escolheu democraticamente um presidente baixo na estatura moral que prega que a população deva se armar. Vejam o perigo que ocorre com uma população armada, com muita gente despreparada, porque se um guarda, que tem curso para não usar arma pra resolver conflitos, e só usar em último caso e em defesa da população contra crime, fez o que fez, o que vai acontecer com pessoas despreparadas”, interrogou novamente o vereador.

O Azuaite assumiu que tinha elevado o tom contra a corporação, mas sustentou que a preocupação era com a forma utilizada como resolução de conflito.

 “Sei que estou sendo amargo, não estou aqui para generalizar e nem pra dizer que a GM age como regra desta forma, mas estou dizendo que ela tem cumprir sua função e tem que preparar muito bem seus quadros” afirmou.

“Conflitos têm que ser evitados, não é com arma e briga que se resolve, mas com inteligência e as vezes com humildade. Pessoas munidas de revólver muitas vezes pensam que são  semideuses, senhores da vida e da morte das demais pessoas”.

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